Foram encerradas as negociações da australiana Fortescue – que celebrou Memorando de Entendimento com o Governo do Ceará para implantar uma unidade de produção de Hidrogênio verde no Pecém – e a CIPP S/A, que administra o Complexo Industrial e Portuário do Pecém e a ZPE.
As duas partes acertaram os termos de um pré-contrato que será assinado na próxima semana.
De acordo com o secretário do Desenvolvimento Econômico do governo cearense, Maia Júnior, o contrato estabelecerá as obrigações da CIPP e da Fortescue.
A primeira garantirá toda a estrutura portuária de que dispõe para o embarque e o desembarque das cargas da empresa australiana. Esta, por sua vez, assegurará a construção de uma unidade de produção do H2V, para o que poderá utilizar-se da água de reuso a ser oferecida pelo governo do Ceará ou, se assim o decidir, poderá, também, construir uma usina de dessalinização da água marinha.
O secretario Maia Júnior, que transmitiu estas informações à coluna, entende que o entendimento da CIPP com a Fortescue deverá causar um efeito dominó, ou seja, outras empresas estrangeiras que já celebraram Memorando de Entendimento com o governo do estado acelerarão seus pré-contratos com a empresa administradora do Complexo do Pecém.
O pré-contrato da Fortescue com a CIPP S/A está sendo redigido em inglês e português. A redação do texto deverá ficar pronto por toda esta semana para ser assinado na próxima semana, em data a ser divulgada.
A unidade de produção da Fortescue na ZPE do Pecém ocupará uma área de 190 hectares, muito próxima ao porto, e isto é uma vantagem que, para obtê-la, as demais empresas terão que abreviar seus entendimentos com a CIPP para a assinatura dos pré-contratos.