Arrendada, Lacticínios Cambi triplica para produzir muçarela

Orlando Silveira, o arrendatário, já investiu R$ 6,5 milhões na compra de máquinas e equipamentos que levarão dos atuais 12 mil litros/dia para 30 mil litros/dia a capacidade de processamento de leite

Em primeira mão: Chegaram a esta coluna novas informação sobre a Lacticínios Cambi. Ei-la:

Três meses depois de celebrar contrato de arrendamento, por cinco ano, das instalações industriais da empresa, o agropecuarista Orlando Cavalcante manda dizer à coluna que até o fim do próximo mês de abril multiplicará por três a sua atual capacidade de processamento de leite, que saltará dos atuais 12 mil litros/dia para 30 mil litros/dia. É pouco? Há mais: Em junho, essa capacidade saltará para 60 mil litros/dia. 

Quem fala assim não é gago. Não é mesmo.

Orlando Cavalcante informa que acaba de investir R$ 3 milhões na compra de duas unidades de monobloco – um equipamento industrial que produz leite do tipo muçarela, o preferido de 10 em cada 10 pizzarias do Ceará.

A primeira dessas máquinas chegou segunda-feira, 4, e está sendo instalada na velocidade do frevo! A segunda – que, como a primeira, foi adquirida no Rio Grande do Sul – chegará aqui na próxima semana.

Cavalcante também investiu outros R$ 3,5 milhões na compra de 100 tanques de resfriamento de leite, que estão sendo distribuídos nas fazendas dos produtores que lhe fornecem a matéria-prima – o leite bovino – nos municípios de Ibaretama, Mombaça, Quixadá, Itaiçaba, Canindé e Choró Limão, com cujos produtores a Lacticínios Cambi estreitará relações. 

Otimista até a medula, Orlando Cavalcante acrescenta outra informação inédita: neste mês de março, graças a algumas melhorias implementadas na unidade industrial da Cambi – que se localiza na Fazenda Pirangy, em Ibaretama, no Sertão Central cearense – já serão processados 20 mil litros diários de leite.

E ainda tem mais: ao longo do mês de abril a Cambi passará a produzir iogurtes, mas sobre os sabores a serem ofertados Orlando Cavalcante prefere ficar calado, argumentando: “Vamos curtir a surpresa”. Ele, porém, antecipa, sem dar detalhes: “Em maio, produziremos queijos finos”. A conferir.

Cavalcante confirma que a marca Cambi, “já consolidada no mercado cearense, será mantida, assim como estão mantidos nosso eterno presidente, o José Antunes Mota, e o gerente comercial, Antunes Filho, com quem viajei há uma semana para conhecer o mercado, pois sou novato nessa atividade agroindustrial”.

Orlando Cavalcante, que já assumiu a responsabilidade pelo setor de produção da Cambi, revela outra novidade: 

“O contrato de arrendamento da unidade industrial da Cambi durará cinco anos, ao fim dos quais eu terei a opção de comprar 51% ou 100% do capital da empresa, dependendo da negociação que for feita à época com o José Antunes Mota. Mas posso afirmar que minha relação pessoal e empresarial com ele é e continuará sendo a melhor possível. Não posso abrir mão do conhecimento, da experiência e da liderança que o Zé Antunes tem no setor de lacticínios do Ceará”.