A indústria e o agro reuniram-se de novo. Agora, na Expocrato

Os presidentes da Fiec, Ricardo Cavalcante, e da Faec, Amílcar Silveira, fortalecem a relação e renovam a parceria com o governo do estado pelos grandes de interesse da economia do Ceará

Aconteceu de novo na última quinta-feira, 18: os presidentes da Federação das Indústrias (Fiec), Ricardo Cavalcante, e da Federação da Agricultura e Pecuária (Faec), Amílcar Silveira, encontraram-se no ambiente interiorano – a Exposição Centro Nordestina de Animais e Produtos Derivados, a Expocrato, que é a maior feira agropecuária da região do Cariri. 

Para que se tenha uma ideia da grandiosidade desse evento, basta dizer que o estande do Banco do Nordeste nela instalado concedeu mais de R$ 130 milhões em financiamento para pequenos, médios e grandes agricultores e pecuaristas caririenses. 

A reunião dos líderes da Fiec e da Faec foi testemunhada – e aplaudida – por centenas de pessoas que estavam reunidas no Parque de Exposição Pedro Felício Cavalcante, naquela bela cidade do Cariri, onde se exibiam e eram comercializados belos animais bovinos, caprinos, ovinos e equinos, além de máquinas e implementos agrícolas. 

O governo do estado também testemunhou a reunião: o secretário do Desenvolvimento Econômico, Salmito Filho, e o secretário Executivo do Agronegócio da SDE, Sílvio Carlos Ribeiro, integraram-se à programação.

Acompanhado do ex-presidente da Fiec, Beto Studart; do presidente do Centro Industrial do Ceará, Edgar Gadelha; do industrial Cláudio Targino e do presidente do Sindicato da Indústria do Algodão, Marcos Montenegro – Ricardo Cavalcante ganhou na Expocrato todas as homenagens dos produtores rurais e, também, de vários prefeitos dos municípios do Cariri presentes à feira. E não se fez de rogado: distribuiu cumprimentos e, ao lado do presidente da Faec, percorreu os estandes da exposição, cuja grandiosidade o surpreendeu positivamente.

“Eu já sabia que a Expocrato havia crescido em importância e em tamanho, mas não imaginava que esse crescimento fosse tão impressionante como o que vejo aqui”, ele disse a Amílcar Silveira, que lhe transmitiu as informações sobre o que era antes e o que é hoje o evento, “e isto é uma prova muito forte do que podem os produtores rurais do Ceará”, como assinalou o presidente da Faec.

Beto Studart, que cria gado Nelore em sua Fazenda Chica Doce, em Pindoretama, na Região Metropolitana de Fortaleza, também se mostrou muito surpreso com o tamanho da Expocrato e com a maciça presença de público na feira. 

“O que mais me impressiona é como a pecuária se desenvolve e cresce aqui no Cariri, que é mesmo uma região propícia para a atividade de criação bovina de leite e de corte, e tanto é verdade que a minha colega criadora Candice Rangel está expandindo seu rebanho de Nelore em Brejo Santo”, comentou Studart.

A presença de Ricardo Cavalcante e sua comitiva na Expocrato foi mais um ato público da perfeita parceria hoje existente entre a indústria e a agropecuária do Ceará. A Fiec e a Faec juntaram-se e, há dois anos, apoiam-se mutuamente em projetos e iniciativas de interesse dos setores que representam. E mais: aliaram-se ao governo estadual naquilo que é bom para o desenvolvimento da indústria, da agropecuária e de toda a economia do Ceará. 

Há dois anos e meio, quando assumiu o comando da Faec, Amílcar Silveira fez um movimento de aproximação à Fiec de Ricardo Cavalcante, para o que cuidou de não replicar a fisiologia do passado recente, mas de inaugurar uma nova e moderna relação entre as partes. Resultado: as duas entidades tornaram-se mais fortes do ponto de vista político, ganharam voz e voto nos fóruns oficiais e tornaram-se protagonistas em suas respectivas áreas. 

Hoje, unidas e parceiras, a Fiec e a Faec ajudam a gestão do governador Elmano de Freitas a viabilizar grandes projetos, como o do Hub do Hidrogênio Verde do Pecém, prestes a sair do sonho para a realidade. Muito proximamente, esse esforço tripartite também se voltará para um grande empreendimento na atividade agrícola. 
    
No encontro que os reuniu quinta-feira passada na Expocrato, Amílcar Silveira transmitiu ao seu colega Ricardo Cavalcante o convite para que esteja presente à Expo Cariri, um evento que, no próximo mês de novembro, na cidade de Barbalha, reunirá três mil produtores rurais dos 28 municípios da região Sul do Estado. 

A REFORMA TRIBUTÁRIA E AS COOPERATIVAS

Atenção para mais um detalhe do que pode provocar a Reforma Tributária! A opinião a seguir é de Leonardo Drumont, presidente da Cooperativa dos Médicos Traumatologistas e Ortopedistas do Estado do Ceará (COOMTOCE).

“A tributação do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e da Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS) no ingresso dos valores é o grande ponto que irá prejudicar e até inviabilizar o funcionamento das cooperativas, que não ficam com lucros, mas sim com valores de gastos administrativos, e repassam todo o restante (muitas vezes 98% do ingresso) para os cooperados.

“Para além da insegurança jurídica, a tributação dos rendimentos dos cooperados pode ter um impacto negativo na atratividade do cooperativismo. 

"Se a carga tributária for muito alta, os cooperados podem optar por trabalhar em outras modalidades, o que pode enfraquecer o setor como um todo”.