A novela acabou. A venda do volante Caio Alexandre foi oficialmente confirmada nesta segunda-feira (15) pelo Fortaleza, em um negócio que, no fim das contas, arranhou completamente a imagem do jogador e foi ruim ao clube em todos os aspectos.
O criador do bordão "É o Laion, não tem jeito!" rapidamente caiu nas graças da torcida pelo bom futebol e também pela postura fora de campo. Carismático, gerou identificação com os tricolores quase que imediatamente. Mas a passagem ficará marcada por um grande desgaste pela maneira como a saída foi conduzida, arranhando demais a imagem de Caio no Pici e junto à torcida, que antes o via como xodó.
Caio deu um inegável retorno esportivo ao Tricolor, tanto em 2022 como em 2023. Nesta temporada, foi um dos melhores jogadores do time - na visão deste colunista, o principal nome ao longo do ano. Não à toa que foi um dos melhores volantes do Brasil neste ano.
O técnico Juan Pablo Vojvoda, portanto, perde um pilar fundamental para fazer a engrenagem funcionar. Mais que isso, um atleta que já estava ambientado ao dia a dia, adaptado ao modelo de jogo e entrosado com os companheiros. Do ponto de vista esportivo, claramente há um prejuízo.
Que é acentuado pelos termos econômicos. O Fortaleza comprou Caio por R$ 12,1 milhões e, da venda, recebe R$ 14,6 milhões. Um lucro de R$ 2,5 milhões pela saída de um dos principais jogadores. Financeiramente, não foi um bom negócio.
Além disso, terá que ir ao mercado para buscar uma reposição à altura, provavelmente tendo que investir para adquirir um atleta que possa exercer a função com a mesma qualidade.
De todo modo, uma relação promissora que chega ao fim com impactos para as duas partes.