O empate em 1 a 1 com o São Paulo, na noite da última quarta-feira (11) fez o Fortaleza chegar aos 49 pontos e reassumir a 4ª colocação, com o detalhe que tem um jogo a menos que o Bragantino. Porém, a igualdade passou longe de ser um bom resultado. A chance de por um fim no jejum de vitórias (agora são quatro jogos, sendo três pelo Brasileirão) deu lugar a um empate com gosto de derrota e que deixa lições ao Tricolor.
O jogo foi longe de ser brilhante. O primeiro tempo foi moroso, com o time da casa tomando as ações ofensivas e tentado ser mais agressivo, mas pecando nas finalizações. Das sete, apenas duas foram no alvo, e sem grande perigo a Tiago Volpi.
Os sistemas defensivos prevaleciam. O São Paulo terminou a etapa inicial com apenas dois chutes, nenhum no alvo. E Rogério Ceni, no reencontro com o torcedor leonino, deixou o gramado reclamando. "Tem muita coisa errada", disse ele.
Na etapa final, o jogo ganhou em dinamismo e emoção. O Fortaleza foi coroado pela maior insistência com gol de Robson, o 14ª dele na temporada, após belíssima jogada e assitência do argentino Valentín Depietri, que aproveitou muito bem a primeira oportunidade como titular. Além do passe para o gol, se movimentou e deu velocidade no ataque, mostrando que merece mais minutos.
Éderson e Titi foram dois gigantes. Jogaram demais, os melhores em campo. Seguidos de Ronald e Benevenuto, que ganharam quase todas e também foram muito bem.
O problema foi que o Fortaleza recuou demais após a vantagem. As mudanças de Vojvoda não garantiram maior presença ofensiva. Wellington Paulista entrou mal mais uma vez e, além de não acertar nada no ataque, cometeu uma falta infantil em Benítez, na intermediária, aos 46 minutos do 2º tempo.
Era só isso que o argentino precisava. Em um chutaço, daqueles que se acerta de vez em nunca, mandou na gaveta de Boeck e marcou um GOLAÇO, em maiúsculo mesmo.
Lições ao Fortaleza
A rodada foi praticamente perfeita para o Leão do Pici. Bragantino, Corinthians e Internacional perderam. Era a chance de descolar e voltar a abrir vantagem na classificação.
Só que, mais uma vez, fica a bronca por um gol sofrido na reta final do jogo. Mais uma vez fica a lamentação por não ter aproveitado quando estava com a vantagem no placar para "matar" o adversário, desperdiçando oportunidades. Mais uma vez a sensação de que o triunfo poderia ter sido conquistado se tivesse concentração e atenção até o fim, incluindo os acréscimos.
E mais uma vez, também, o elenco mostra alguns problemas. Dessa vez não foi para armar o time titular que Vojvoda encontrou dificuldades, mas para substituir. As mudanças não mantiveram o nível de atuação e a equipe baixou o ritmo.
Agora restam apenas mais sete jogos, e o próximo é um confronto diretaço contra o Bragantino, que vale a 4ª colocação.
Não se pode vacilar.