Desde que chegou ao Fortaleza, o zagueiro Juan Quintero se consolidou de forma rápida e com méritos como peça importante. Em 2019, atuou em 56 jogos, sendo titular em todos e substituído apenas uma vez. Foram mais de 5.000 minutos em campo.
Os números deixam claro que o colombiano é um homem de confiança do técnico Rogério Ceni, sobretudo por ostentar a braçadeira de capitão. Mas o defensor de 24 anos tem início de ano irregular.
O colombiano tem falhado em alguns lances capitais em 2020. De forma crucial, em três gols sofridos pelo Tricolor, contra Imperatriz, Barbalha e o estranho gol-contra feito no jogo contra o Ferroviário.
Há também um outro aspecto que merece atenção. Em sete jogos, Quintero foi expulso duas vezes. A primeira, no Clássico-Rei contra o Ceará, é bastante questionável (e na minha opinião não merecia expulsão), mas a segunda exclusão ocorreu de forma infantil e prejudicou bastante a equipe num momento decisivo (no jogo de ida contra o Independiente, pela Sul-Americana, que o fez desfalcar o time na volta).
Logo ele, que no ano passado foi extremamente disciplinado e recebeu apenas seis cartões amarelos e nenhum vermelho.
Dentre outros aspectos, Juan Quintero tem a confiança de Ceni por uma característica que o treinador valoriza bastante. Mesmo sendo zagueiro, possui capacidade de construção de jogo, com boa leitura, qualidade de passes e lançamentos, sendo capaz de iniciar as articulações ofensivas e verticalizar o jogo quando necessário. E por isso é, de fato, bem importante ao modelo de jogo.
Além disso, é um atleta disciplinado e regrado, não se envolve em polêmicas e exerce uma liderança importante tanto no vestiário como dentro de campo.
Quintero não deixará de ser bom zagueiro pelo início claudicante de 2020. Nem deixará de ser utilizado por isso, já que é o pilar defensivo mais sólido do comandante leonino.
Mas é preciso que o alerta seja dado para que os erros cometidos não sejam repetidos e o desempenho volte a mostrar maior regularidade.