Uma das grandes marcas do Ceará em campanhas de sucesso na Série B do Campeonato Brasileiro foi a solidez defensiva. Neste ano, porém, este tem sido um grande problema. O Alvinegro detém a 4ª pior defesa da competição e sabe o que precisa ajustar urgentemente se quiser ainda brigar para subir de divisão.
Já foram 28 gols sofridos em 21 jogos. Média de 1,3 por partida. O Ceará só não tomou mais gols que Ituano (38), Guarani (31) e Botafogo-SP (30) - todos na parte de baixo da tabela. Até mesmo dois times que estão na zona de rebaixamento têm desempenho defensivo melhor que o Ceará: o Brusque (19º colocado, com 25 gols sofridos) e a Chapecoense (18º lugar, com 24 gols contra).
Das 21 vezes que entrou em campo, em apenas 5 o Ceará saiu de campo sem ser vazado (contra Coritiba, Sport, Novorizontino, Operário e Avaí).
O ruim desempenho defensivo contrasta totalmente com campanhas de acesso do Vovô na Série B.
O time de 2009 tinha como grande trunfo a solidez defensiva. Contando com o Trio de Ferro no meio de campo, que tinha Michel, Heleno e João Marcos protegendo a dupla de zaga formada por Fabrício e Erivelton, o Ceará chegou até a 21ª rodada com apenas 19 gols sofridos e 8 jogos sem ser vazado.
Em 2017 o desempenho também foi bom, com os mesmos 8 jogos sem tomar nenhum gol sequer, e um total de 21 gols sofridos em 21 jogos. E aquele time comandado por Marcelo Chamusca era um time também consistente na defesa.
Solidez defensiva é a base de time que quer brigar pelo acesso. Não à toa que todos os ocupantes do G-4 estão entre as 6 melhores defesas da competição.
Se quiser ainda ter alguma chance de sonhar com o acesso, Léo Condé precisa urgentemente ajustar o sistema defensivo e estancar a sangria de tantos gols sofridos.