Exatos 90 dias. Foi esse período que Bruno Pacheco passou afastado dos gramados. Após longos três meses, o camisa 6 do Ceará voltou a vestir a camisa alvinegra no último sábado (5), na vitória por 2 a 0 sobre o CSA, pela Copa do Nordeste, e o retorno do jogador acirra de vez a disputa na lateral-esquerda do Vovô.
Pacheco foi titular absoluto nos últimos dois anos. Foi, durante todo este período, unanimidade. Jogador incontestável e de extrema regularidade, esteve entre os atletas com maior minutagem não apenas do Ceará ou do Brasil, mas do mundo inteiro.
Ninguém imaginava discutir a posição dele no time. Na última Série A, fez 34 jogos e todos como titular. Até o dia 5 de dezembro, quando saiu machucado no empate em 0 a 0 com o América-MG, por conta de lesão muscular na coxa. Desde então, ficou sem atuar.
VICTOR LUÍS
Com a necessidade de reforçar o setor, o Ceará foi ao mercado e contratou Victor Luís, um velho conhecido da torcida. Acontece que o ex-jogador do Palmeiras iniciou o ano bem demais e está sendo um dos principais destaques da equipe de Tiago Nunes.
No jogo contra o CSA, foi o melhor em campo e abriu o caminho para o triunfo, aos 35 minutos do 1º tempo, em um belo chute de fora da área. Foi o 3º gol dele neste ano.
O início do camisa 33 no Vovô é excelente. Além dos gols, está contribuindo bastante para a criação de jogadas ofensivas e, também, tem demonstrado solidez defensiva.
QUEM JOGA?
Com Victor Luís em alta e Bruno Pacheco recuperado, a disputa será boa. Quem então deve jogar? Com a palavra, Tiago Nunes, que comentou também a disputa na lateral-direita (entre Nino Paraíba e Michel Macedo).
"O futebol é feito de momento. As circunstâncias que vão dizer quem vai ser o titular. Em alguns momentos vai ser o Victor, em alguns momentos vai ser o Bruno, em alguns momentos vai ser o Nino e em alguns momentos vai ser o Michel. Assim como todos os jogadores. Eu não acredito realmente que exista um titular incontestável. Há jogadores que se destacam mais que os outros e acabam tendo vantagem técnica para jogar. Existem fatores estratégicos, físicos e comportamentais que o treinador tem que avaliar. Eles sabem que têm que merecer jogar, disputar posição, e no momento, quem eu entender que está melhor, vai ter oportunidades", disse o treinador.