Na hora de investir, sobretudo o investidor iniciante ou mesmo aquele que deseja migrar dos produtos mais tradicionais (Caderneta de Poupança, CDB e Tesouro Direto) para ativos mais arrojados, existe sempre aquela dúvida: onde alocar os recursos?
Uma das alternativas de investimentos, “importada” do mercado financeiro norte americano, o chamado Exchange Traded Funds – ETF, pode ajudar o investidor a destinar seus recursos, na medida em que permite realizar investimentos de forma diversificada e com poucos recursos.
No Brasil, os ETF’s foram adaptados, mas em essência, são fundos de índices, com gestão passiva, que buscam acompanhar determinado parâmetro de mercado e são negociados em bolsa de valores. De forma geral, em uma só ordem de compra de ETF, o investidor está alocando recursos em vários ativos. Ou seja, você faz um só investimento, e leva um “combo de ativos”.
No Brasil, o ETF mais negociado é o BOVA11, que busca replicar o índice Ibovespa, principal indicador de desempenho das ações negociadas na B3 e reúne as empresas mais importantes do mercado de capitais brasileiro (aproximadamente 80 ativos). Existem outros ETF’s, que buscam “espelhar” o Ibovespa, que são: BBOV11, BOVV11, BOVB11 e XBOV11.
Além dos ETF’s que replicam o índice Ibovespa, existem outras possibilidades, para todos os gostos, perfis e bolsos. Atualmente existem 30 ETF’s listados na B3, e muito embora seja em número reduzido, sobretudo quando comparado aos Estados Unidos, permitem ao investidor diversas estratégias, como em dividendos, Small Caps, ESG, exterior, ouro e criptomoedas.
Os ETF’s no Brasil, atualmente, têm preços de uma cota que variam de R$ 10,00 a R$ 250,00.
E então, vale a pena investir em ETF?
Os ETF’s, podem ser interessantes para os investidores iniciante, ou mesmo para aqueles que desejam adentrar no mundo da renda variável, mas também vejo como alternativa interessante para os investidores mais avançados, sobretudo pela diversificação e diluição do risco na carteira do investidor.
De forma simples, diversificada, e com custos de transação mais baratos, quando comparados com os fundos de ações e multimercados, os ETF’s devem estar no radar dos investidores. Os ETF’s ainda podem ser usados como garantia em outras operações no mercado, bem como podem ser alugados e gerar renda adicional para os investidores.
Entre as desvantagens, os ETF’s, quando comparado com as ações, não possuem isenção de imposto de renda para venda mensal inferior a R$ 20 mil e também não distribuem dividendos aos investidores diretamente.
Por fim, vale lembrar que este texto não é uma recomendação de investimento. Os investidores, sempre com suporte de profissionais especializados, devem avaliar o seu perfil, objetivo e prazo dos investimentos, no sentido de alocar os recursos de forma adequada aos riscos e retornos pretendidos.
Grande abraço e até a próxima semana!
*Este texto reflete, exclusivamente, a opinião do autor.