O que a imprensa argentina falou do empate do Fortaleza com o Rosario Central na Sul-Americana

Os jornais se dividiram na análise, mas ressaltaram a força do Leão em casa

O Fortaleza empatou em 1 a 1 com o Rosario Central, no estádio Gigante Arroyito, na Argentina, pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa Sul-Americana. Um resultado positivo para o time cearense, que conduz a decisão para dentro de casa, na Arena Castelão, próxima quarta-feira (21), às 19h. E a imprensa argentina também pontua assim, destacando a dificuldade da partida.

A percepção externa é importante para compreender o peso que se atribui ao confronto. O Rosario almeja a classificação em solo brasileiro e lembra dos playoffs, quando fez isso com o Internacional. Ao Fortaleza de Vojvoda resta uma postura agressiva para reforçar a autoridade diante do torcedor.

Os números explicam o temor: 19 jogos de invencibilidade em casa, com 11 vitórias consecutivas. Ao longo da temporada de 2024, sofreu apenas duas derrotas como mandante - a  última, inclusive, foi no mês de março.

Análise da imprensa argentina sobre o empate do Fortaleza

O Diário Olé destacou que o jogo foi “pau a pau”, com um início “muito diferente do que se podia esperar”. A reportagem ressalta que o Rosario “superou o Fortaleza em jogo, mas não conseguiu dobrá-lo”. E agora “tudo se define no Brasil, onde o Rosario eliminou o Inter e tem boas lembranças”.

No fim, conclui que o “empate serve pouco pois tudo será decidido em solo brasileiro”, com a equipe argentina tentando “repetir uma façanha que promoveu na fase anterior, em um jogo no Beira-Rio”.

O jornal Clarín pontuou que “o empate deixou um gosto amargo na boca” pois os donos da casa “fizeram um gasto maior (de energia) do que o Fortaleza, uma equipe que “soube mostrar sua expertise contra o Boca Juniors. Os brasileiros fizeram jus ao seu nome com uma defesa sólida”.

No fim, a igualdade se explicou pelas poucas oportunidades. Para além dos gols, o material lembra que o Fortaleza quase desamparou com um chute de Pedro Augusto no travessão, enquanto os argentinos exigiram uma boa defesa do goleiro João Ricardo após uma bela cabeçada de Copetti.

A análise do El Ciudadano & la Región, que acompanha de perto o Rosario foi mais crítica. “Ele não poderia ficar com a vitória. Ele não teve sucesso porque lhe faltavam ideias. Ele não teve sucesso porque os responsáveis por agir ofensivamente tiveram uma noite muito ruim. O Central empatou com o Fortaleza em 1 a 1 e não conseguiu o que procurava, a vitória. Uma vitória teria permitido que eles fossem com um pouco mais de tranquilidade para a segunda mão. Mas além do que faltou para atingir o objetivo, é inevitável não mencionar o poder coletivo que a equipe de Juan Pablo Vojvoda tem e que em várias passagens do primeiro tempo eles foram capazes de colocar em operação”.

A conclusão é de que “a história continuará na bela Fortaleza, onde o time de Vojvoda parece imbatível… Será que acaba em uma semana ou o Canalla vai ficar com a vaga às quartas de final?”.