Neymar é anunciado pelo Al Hilal e caminha para destino melancólico na Arábia Saudita

O atacante escolheu deixar o PSG para defender o Al Hilal

Neymar caminha cada vez mais distante do futuro do menino da Vila Belmiro que brilhou no futebol brasileiro. Você pode não gostar da personalidade, criticar as decisões pessoais ou mesmo o estilo de jogo, mas quando esse atacante surgiu no Santos, em algum momento, ele encantou os amantes do esporte.

A ida para o Al Hilal, da Arábia Saudita, oficializa nesta terça-feira (15), é um destino melancólico para alguém que nunca foi o que sonhou. De todos os sentimentos possíveis, talvez o maior seja de decepção. Em algum lugar nos últimos anos, Neymar era responsável pela esperança de voltamos a ter um novo grande ídolo, o que não ocorreu.

A opção de partir para a liga árabe é de total abandono. Troca a Europa por ainda mais dinheiro, sendo exigido dentro de um contexto inferior de competitividade mostra que a busca pela Bola de Ouro deixou de ser dele, existindo apenas nos fãs. Aos 31 anos, com alto potencial, antecipa um capítulo para o fim.

O sentimento é de que o talento poderia proporcionar uma representatividade maior. O auge foi rápido demais.

Assim, tem uma carreira pautada em decisões controversas, colocando em xeque até uma participação como protagonista na Seleção Brasileira, onde foi o pilar de um projeto da CBF: três Copas do Mundo (2014, 2018 e 2022), sem conseguir classificar sequer uma vez para a semifinal, além de nunca vencer a Copa América.

Da baixada santista, onde brilhou na América do Sul, aos palcos do Camp Nou - parte do elenco histórico do Barcelona ao lado de Messi, Suárez e Iniesta - até o projeto milionário (e sem ideia) do Qatar no PSG.

Na França desde 2017, teve bons números, mas nunca venceu a Liga dos Campeões (objetivo principal), nem se firmou como um dos melhores do mundo, e ainda viu as lesões se multiplicarem. Hoje, é nítido que esse período foi negativo para o futuro, com o fora de campo aparecendo mais.

A redenção seria seguir no PSG para fazer o que ninguém mais acredita ser possível. A escolha óbvia: partir para um novo time gigante, se recuperar e vencer tudo de novo. A Arábia surge apenas como ganância.

Ney teve todos os elementos para ser ídolo do futebol brasileiro, mas o tempo dessa era passou.