Uma reunião está prevista nos próximos dias entre a Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa) e a Federação Cearense de Futebol (FCF). O objetivo do encontro é para haja uma discussão sobre o panorama da crise sanitária no Estado e a posição do Governo sobre qualquer possível flexibilização do regime de isolamento social entre as duas partes.
No momento, um decreto prorrogado até o dia 5 de maio prevê que apenas estabelecimentos essenciais devem funcionar, a exemplo de farmácias e supermercados. Nenhum evento que gere aglomerações, como é o do futebol, está autorizado a ser realizado.
"Há o projeto de reinício da competição, mas depende da autorização do Governo. Nada será feito sem autorização do Camilo Santana e do Dr. Cabeto, o secretário de Saúde", aponta Mauro Carmélio, presidente da FCF.
A Federação Cearense de Futebol (FCF) tem o aval da CBF para retomar os jogos do Estadual em maio, com portões fechados. A data é uma referência ao fim das férias dos elencos de Ceará e Fortaleza, previstas para encerrar na próxima sexta-feira (1º).
A decisão teve consenso da Comissão Nacional de Clubes (CNC), que foi unânime ao solicitar o retorno das atividades nos centros de treinamento em cenário nacional. Para recondicionar os atletas, as partidas devem ocorrer duas semanas após o fim das férias.
No âmbito esportivo, um protocolo médico é necessário, com a CBF finalizando documento e aguardando ajustes para divulgação. A diretoria do Ceará até se antecipou e lançou um conjunto próprio de ações de segurança para os funcionários - dossiê que depois se adequará ao plano da entidade.
No Brasil, vale ressaltar, Estados e municípios têm autonomia para deliberar sobre as práticas do isolamento social. Mesmo que o Governo Federal se manifeste favorável ao reinício dos jogos através do Ministério da Saúde, a decisão cabe ao chefe estadual, ou seja, ao governador Camilo Santana no caso do Ceará.
Diante disso, as diretorias de Ceará e Fortaleza pregam total cautela. Mesmo com planos de retomada aos treinos, há compreensão de que do cenário se saúde é prioritário e tudo depende da permissão do Governo. No fim, resta apenas esperar.