Opinião
Descomplicando o mundo dos investimentos: como começar do zero
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Você não precisa de estratégias mirabolantes para começar a investir. Basta seguir um plano simples que funciona.
Para quem observa de fora, o universo dos investimentos pode parecer complexo e distante. No entanto, essa percepção está longe da realidade.
Desde que você tenha o conhecimento necessário, investir pode ser tão simples quanto fazer uma transferência via PIX ou pagar uma conta.
Você duvida?
Então, veja estas dicas que vou compartilhar com você.
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ANALISANDO SEU ORÇAMENTO
Antes de comprar a primeira ação ou fundo imobiliário, é importante dar um passo atrás e revisar seu orçamento.
Para investir, é essencial ter um valor disponível para aportes mensais. Sem dinheiro sobrando, não há como começar a investir. Portanto, o primeiro passo é listar todas as despesas e receitas e determinar quanto você pode investir por mês.
Uma divisão que considero útil é a seguinte:
- 55% do orçamento para despesas fixas (moradia, saúde, alimentação);
- 10% para educação;
- 15% para lazer;
- 20% para investimentos.
Analise seu orçamento e estilo de vida para encontrar uma divisão que atenda melhor às suas necessidades e interesses.
MONTANDO A CARTEIRA DE INVESTIMENTOS
Agora que você definiu um valor para os aportes mensais, o próximo passo é planejar a construção da sua carteira de investimentos.
Existem quatro pilares importantes que não podem faltar na carteira de um investidor de sucesso:
- Renda fixa;
- Fundos imobiliários;
- Ações;
- Investimentos no exterior.
Cada um desses pilares desempenha um papel fundamental na sua carteira. A renda fixa oferece segurança e estabilidade, os fundos imobiliários proporcionam dividendos mensais isentos de IR, as ações têm potencial de valorização e os investimentos no exterior funcionam como uma proteção contra o risco nacional.
A alocação dos pilares pode variar de acordo com o perfil do investidor. Na minha estratégia, por exemplo, a distribuição é a seguinte:
- 25% em Renda Fixa;
- 25% em Fundos Imobiliários;
- 25% em Ações;
- 25% em Investimentos no Exterior.
ESCOLHENDO OS MELHORES ATIVOS
Com a distribuição dos pilares definida, é hora de escolher os melhores ativos para sua carteira.
Na renda fixa, prefiro ativos com liquidez diária e segurança, proporcionando uma parte da carteira livre de riscos.
Nos fundos imobiliários, diversifico em diferentes segmentos, como shoppings, galpões logísticos, lajes corporativas, papéis e fundos de fundos, utilizando ferramentas disponíveis gratuitamente na internet para comparar e escolher os melhores ativos.
Nas ações, opto por empresas de setores perenes, como bancos, energia elétrica, saneamento e seguros, que tendem a manter uma demanda estável, independentemente de crises econômicas.
Já nos investimentos no exterior, prefiro investir através de ETFs, que oferecem exposição a um grande número de empresas internacionais. Um exemplo é o VT (Vanguard Total World Stock Index Fund), que investe em milhares de empresas em todo o mundo.
COLOCANDO A ESTRATÉGIA EM PRÁTICA
Com a carteira montada e os ativos escolhidos, o próximo passo é realizar os aportes mensais e reinvestir os dividendos recebidos.
No início, os dividendos podem ser modestos, mas com o tempo, tendem a aumentar, até que se tornem suficientes para cobrir todas as despesas mensais. Esse é o momento em que você alcançará a tão almejada liberdade financeira.
Investir não precisa ser complicado. Com preparo, planejamento e paciência, é possível alcançar seus objetivos financeiros a longo prazo. Lembre-se, o mundo dos investimentos é uma maratona, não uma corrida de curta distância. Seja consistente e mantenha seus objetivos sempre em mente. Ao cruzar a linha de chegada, todo o esforço valerá a pena.
Disclaimer: Esta matéria tem finalidade unicamente informativa, de natureza educacional e não produzida com o intuito de servir como recomendação para produtos ou estratégias de investimento.
