Investir pode parecer um pouco assustador para quem está começando do zero. No entanto, com educação financeira adequada e um bom mapa, guiando pelo caminho certo, é possível dar os primeiros passos no mundo dos investimentos.
Não importa se você tem muito ou pouco dinheiro para investir, dar o primeiro passo é essencial para quebrar a barreira do primeiro investimento – o mais difícil de fazer. A seguir você encontra um passo a passo simples e prático para começar a colocar em prática o seu plano de liberdade financeira através dos investimentos.
Conhecendo a sua realidade financeira
Não poderia haver outra forma de começar a investir que não fosse fazer uma análise da sua realidade financeira. Comece fazendo um levantamento de todas as despesas e receitas da sua família. Anote todas as fontes de renda (salários, aluguéis, pensões etc), e também todas as despesas (moradia, alimentação, transporte, lazer etc).
Nessa etapa é interessante também anotar as dívidas que porventura possam existir. Aqui é importante que você faça um planejamento para quitação delas – já reservando uma parte da sua renda para esta finalidade. Lembre-se sempre que você quer estar do lado que recebe juros, não do que paga.
Por último, e mais importante, defina um valor da sua renda que será destinado mensalmente para os investimentos. Aqui você pode escolher um valor fixo ou percentual, que caiba na sua realidade, e que você consiga cumprir todos os meses.
Seguidos esses passos, você estará pronto para começar a construir o hábito de poupar e investir, que é essencial para alcançar a sua liberdade financeira e te tornar uma pessoa livre do INSS.
MONTANDO A SUA RESERVA DE EMERGÊNCIA
Agora que você já definiu o seu aporte, chegou a hora de escolher onde você vai investir o seu dinheiro para que ele possa render mais.
O primeiro investimento que você vai fazer é montar a sua reserva de emergência, com opções que sejam seguras e que possuam liquidez, como o Tesouro Selic ou CDB com 100% do CDI e liquidez diária, facilmente encontrado em boa na maioria dos bancos grandes. O objetivo da sua reserva de emergência é ser um dinheiro para ser usado em… isso mesmo, emergências!
Para formar a sua reserva de emergência, você vai separar de 6 a 12 meses dos seus custos mensais. Você pode usar como guia as seguintes sugestões:
- 6 meses se você for concursado;
- 9 meses se você for CLT;
- 12 meses se você for autônomo;
Não ignore essa etapa de montar a reserva de emergência. É ela que vai te salvar de ter que vender seus investimentos nos momentos de crise.
CHEGOU A HORA DE MONTAR A CARTEIRA
Montar uma boa carteira de investimentos é um passo importante para garantir a segurança e buscar uma maior rentabilidade. Uma boa carteira de investimentos deve ser composta por diferentes classes de ativos – que eu apelidei carinhosamente de Pilares dos Investimentos. São eles:
- Renda Fixa
- Fundos Imobiliários
- Ações
- Investimentos no Exterior
Na renda fixa, você pode optar por investimentos como o Tesouro Selic, que são títulos públicos que rendem mais que a poupança, são mais seguros e você pode sacar quando quiser. Uma observação importante sobre o Tesouro Selic é que ele pode ser negociado somente em dias úteis, das 09h30 às 18h.
Ainda na renda fixa, você pode também optar por CDBs 100% CDI com liquidez diária de Bancos grandes, que são opções de renda fixa privada – onde você empresta dinheiro para os bancos e recebe juros por isso. Esses investimentos são considerados de baixo risco e são ideais para quem está começando a investir.
No segundo pilar temos os fundos imobiliários como uma excelente opção para quem deseja investir no mercado imobiliário de forma acessível e sem a necessidade de comprar um imóvel físico. Eles pagam rendimentos mensais isentos de imposto de renda e são o primeiro contato do investidor com o mundo da renda variável – e eu confesso que são minha classe preferida de ativos.
Para quem deseja investir em ações, é importante estudar o mercado e escolher empresas sólidas, de setores perenes e com bom potencial de crescimento. É recomendável diversificar seus investimentos em diferentes setores da economia, daqueles que você nunca deixa de usar, como bancos, energia elétrica e saneamento básico.
Investir no exterior também pode ser uma opção interessante para diversificar seus investimentos e se proteger dos riscos do mercado brasileiro. Além da proteção contra os riscos do nosso país, investir no estrangeiro também é uma ótima forma de ter uma parte do seu patrimônio em moeda forte.
Ao montar sua carteira de investimentos, é importante considerar seus objetivos financeiros, perfil de investidor e horizonte de investimento. Diversificar seus investimentos em diferentes classes de ativos ajuda a reduzir o risco dos seus investimentos e aumenta suas chances de obter bons retornos a longo prazo.
Lembre-se: o importante é começar e fazer disso não só um hábito, mas um estilo de vida!
Disclaimer: Esta matéria tem finalidade unicamente informativa, de natureza educacional e não produzida com o intuito de servir como recomendação para produtos ou estratégias de investimento.