As Deep Techs, startups de base científica, estão revolucionando diversos setores da economia e na área da saúde não seria diferente. Graças às evoluções tecnológicas que aliam ciência avançada e engenharia de última geração, hoje temos mais possibilidades de prevenção e controle de doenças, trazendo esperança para o que antes era distante de ser resolvido.
Dentre as inovações, podemos destacar a Inteligência Artificial (IA), a biotecnologia, a nanotecnologia, robótica, dispositivos versáteis como smartwatches e biossensores, TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação), dentre outras ferramentas que monitoram os pacientes em tempo real e ajudam os profissionais de saúde em análises mais precisas e precoces para a prevenção de sinais de doenças graves como o câncer de mama, por exemplo.
Segundo dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer), o câncer de mama é a maior causa de mortalidade entre mulheres no país. Somente no ano de 2023, foram 73.610 novos casos, com um risco de 66,5 casos a cada 100 mil habitantes. No ano de 2021, foram 18.139 óbitos, com uma média de 11.71 por 100 mil habitantes. Isso mostra o quanto é importante os pacientes terem um diagnóstico, porque maiores são as chances de sucesso no tratamento, podendo salvar vidas.
Um exemplo claro de vidas que foram salvas foi durante a pandemia de COVID-19 nos anos de 2020 a 2023, onde as Deep Techs ganharam destaque ao apresentar tecnologias para resolução da crise sanitária global, como o desenvolvimento rápido de vacinas, além de testes rápidos e tratamentos para o vírus que até então era um completo desconhecido. Com a imunização das populações e tratamentos eficazes, houve a retomada da economia e a volta à vida como era antes do isolamento social.
Se não fossem esses avanços, os impactos seriam maiores e a crise se estenderia por um período ainda maior de tempo, gerando mais efeitos negativos na vida das pessoas e no desenvolvimento econômico e social. Porém, mesmo em meio a tantas oportunidades, ainda existem diversos desafios a serem superados para o desenvolvimento das Deep Techs, como a regulamentação, financiamento e integração com os sistemas de saúde já existentes.
Para isso, é necessário haver um trabalho conjunto entre poder público, setor privado, organizações sem fins lucrativos que fomentem essas iniciativas e aceleradoras de startups para que tenhamos um fortalecimento do ecossistema e mais avanços aconteçam.
As Deep Techs de saúde têm um futuro promissor tanto no país quanto no cenário global, porque elas já mostram a que vieram ao melhorar de forma significativa toda a estrutura de acesso à prevenção e tratamento de doenças, gerando impactos positivos e salvando vidas!
Ana Calçado é CEO e presidente da Wylinka