Em 4 de novembro, comemoramos o Dia das Favelas, uma data que nos convida a ir além dos estereótipos e a reconhecer o imenso potencial que reside nessas comunidades. As favelas brasileiras, historicamente marginalizadas e estigmatizadas, emergem como verdadeiros celeiros de talento, criatividade e resiliência.
Frequentemente, as favelas são associadas à violência, à pobreza e à falta de oportunidades. No entanto, essa visão reducionista oculta a complexidade e a riqueza que permeiam esses territórios. As favelas representam muito mais do que a soma de suas dificuldades; são espaços vibrantes de vida social, cultural e econômica, onde valores como solidariedade, cooperação e superação estão profundamente enraizados.
Essas comunidades são um berço de talentos nas mais diversas áreas. Artistas, músicos, atletas, empreendedores e líderes comunitários emergem e se desenvolvem nas favelas, desafiando adversidades e construindo trajetórias de sucesso.
Além disso, as favelas apresentam um enorme potencial econômico. Dados da pesquisa “Economia das Favelas - Renda e Consumo nas Favelas Brasileiras”, realizada pelos institutos Data Favela e Locomotiva, revelam que o poder de consumo dessas comunidades é expressivo, movimentando bilhões de reais anualmente. O empreendedorismo local, a economia criativa e diversas iniciativas de produção e consumo colaborativo demonstram a força e a vitalidade dessas economias.
Apesar de todo esse potencial, as favelas enfrentam desafios históricos e estruturais que precisam ser superados. A falta de acesso a serviços públicos de qualidade, a violência, o preconceito e a desigualdade são apenas algumas das barreiras que assolam essas comunidades.
No Instituto Pensando Bem, acreditamos que as favelas possuem um vasto potencial para a transformação social. Por isso, trabalhamos incansavelmente para oferecer oportunidades nas áreas de educação, cultura, esporte, tecnologia e qualificação profissional para os moradores. Nosso objetivo é contribuir para a superação das limitações que impedem o desenvolvimento pleno dessas pessoas.
Desde a nossa fundação em 2020, já atendemos mais de 900 indivíduos, incluindo crianças, adolescentes e adultos. Nossos programas têm alcançado resultados significativos: alunos melhorando seu desempenho escolar, jovens se envolvendo em atividades culturais e esportivas, e adultos se qualificando para o mercado de trabalho.
Rutenio Florencio é CEO do Instituto Pensando Bem