Dados consolidados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) - agência regulada pelo Ministério da Economia, e divulgados por empresas do setor de relacionamento com investidores, apontaram um crescimento de 220% nas notificações de ataques cibernéticos a empresas brasileiras apenas no ano de 2021.
Outro levantamento, realizado por uma fabricante de soluções de segurança cibernética, revelou que em 2020 foram criados cerca de 360 mil novos vírus para computadores e smartphones por dia, aproximadamente 100 novas ameaças por segundo e 131,3 milhões de novas ameaças por ano.
Os dados mostram um aumento significativo de ataques cibernéticos no ambiente digital brasileiro durante o período de maior isolamento social já registrado na história, consequência direta da adoção pelas empresas do modelo de trabalho remoto, o que as deixou muito mais vulneráveis a todos os tipos de ataques.
Em contrapartida, mesmo diante do significativo aumento dos ataques, dados apontam que apenas 4% das pequenas e médias empresas estão preparadas para lidar com ataques cibernéticos. Dessas, apenas 55% já iniciaram algum processo para adequação à nova Lei Geral de Proteção de Dados.
Como visto, engana-se quem acredita que o Brasil está alheio à onda crescente de ataques cibernéticos que acontecem ao redor do mundo. Ao contrário, casos de empresas brasileiras vítimas de ataques ganharam repercussão em todo o mundo, como, por exemplo, o Grupo Fleury, rede de laboratórios de diagnósticos médicos, que foi gravemente afetada pela ação de ransomware (sequestro de dados) realizada pelo grupo cibercriminoso REvil.
Para preservar informações estratégicas e mantê-las seguras, não há outro caminho que não seja o investimento em tecnologias inovadoras de proteção de dados. Está cada vez mais evidente que segurança da informação deve ser uma ação permanente e ininterrupta para qualquer empresa, um estado de espírito.
Alberto Jorge
CEO