Empresas surgem para solucionar problema comum

Ações para melhorar a comunicação entre pais e escola, por exemplo, têm conquistado o mercado

Escrito por Redação ,
Legenda: A plataforma Agenda Kids, agora Agenda Edu, passou de 18 escolas em 2014 para mais de mil instituições de ensino neste ano. O avanço do empreendimento também elevou o número de colaboradores
Foto: FOTO: THIAGO GADELHA

Ao participar da Startup Weekend da Google em Fortaleza, em 2014, os fundadores do aplicativo Agenda Kids, hoje Agenda Edu, buscavam solucionar um problema de comunicação entre Carlos Alves, cofundador da empresa, sua filha e a escola. Em um fim de semana do evento, eles tinham como missão desenvolver a ideia de um produto para selecionar o problema, conversando com escolas e pedagogos, para ser apresentada no último dia.

De acordo com Anderson Morais, cofundador e CEO da Agenda Edu, foi assim que eles chegaram ao aplicativo Agenda Kids para promover a comunicação entre a escola, os pais e os filhos. Hoje, mais de mil escolas brasileiras utilizam a plataforma, que tem um faturamento anual superior a R$ 2 milhões. "Foi um crescimento exponencial. De 18 escolas em 2014, saltamos para centenas em 2015 e dobramos no ano passado", explica o CEO.

Aprovado no programa de aceleração, o aplicativo continuou a ser melhorado e apresentado às escolas. "Já nascemos em âmbito nacional, porque nossa segunda venda foi para uma escola em Campinas (São Paulo). Hoje, escolas do Ceará representam 10% do nosso negócio, 90% estão nos demais estados", destaca Morais, lembrando que além da sede em Fortaleza, há um escritório da empresa em São Paulo.

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"A aceleração aconteceu muito próxima à criação do produto, na primeira semana já estávamos formalizando o negócio e fazendo as primeiras contratações. Hoje, são quase 30 pessoas envolvidas no Ceará, e uma equipe de seis pessoas em São Paulo", conta o empresário.

O investimento inicial, em torno de R$ 30 mil, foi parte do programa de aceleração, e com isso eles buscaram a sustentabilidade do negócio.

Com recursos recebidos de premiações que ganharam, a empresa foi se autofinanciando até chegar ao ponto que está hoje. "O bacana é que, além da questão da empresa, estamos contribuindo para a melhoria do sistema educacional. Há muitos desafios para os próximos anos nesse segmento e nós podemos ajudar os atores desse processo que a educação está mudando e auxiliá-los a dar o próximo passo", aponta Morais.

Hotel

Antes de terem a ideia de montar um hotel para crianças, o casal de empresários Elaine Holanda e Ivan Maciel estava à procura de algo para investir. Foi em uma excursão ao exterior que eles perceberam que os viajantes com filhos menores não participavam dos passeios à noite e notaram uma demanda no mercado - um lugar confiável em que os pais pudessem deixar os filhos para brincar e descansar enquanto saíam à noite.

"Procurei na internet e percebi que essa era uma ideia muito inovadora, porque não existia um lugar como esse nem no exterior, nem aqui. Conversei com meu marido e fomos montando a ideia do negócio. Quando voltamos, já era com o intuito de montar a empresa", explica Elaine, que antes trabalhava como professora de português. Eles voltaram em setembro do ano passado e, em março deste ano, o Corujinha Hotel Infantil já estava sendo inaugurado.

Assim que retornaram da viagem, o casal começou a procurar espaços adequados para a ideia e também empreendimentos semelhantes ao que eles imaginavam fazer.

"Visitamos alguns estabelecimentos e vimos que havia formatos parecidos, mas que não eram como a nossa proposta. Não tinha a oferta de serviço 24 horas, normalmente era algo atrelado à educação. Conversando com outros pais e mães, vimos que essa demanda existia", conta.

Novo conceito

Escolhido o local, no Meireles, que estivesse de acordo com o que eles procuravam (sem piscina, casas planas e com plantas), o fato de Ivan ser proprietário de uma empresa de reformas veio bem a calhar. Com as obras em andamento, eles realizaram um processo de seleção de monitoras e também trabalhavam nas redes sociais apresentando o novo conceito para o público-alvo.

Ainda com menos de um ano de funcionamento, Elaine destaca a boa receptividade do negócio. Eles ainda precisaram enfrentar a desconfiança de alguns pais em grupos de redes sociais, mas o problema foi captado ainda cedo, segundo a empresária, e eles estão trabalhando para informar o público. "Estamos ainda construindo o nosso negócio. Muitos pais que já foram recomendam para outros, um indicativo de que estamos no caminho certo", conta. (YP)

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