Oportunidade se abre com tendências
Com a queda do mercado de entretenimento em 2015, em reflexo da crise, o empresário Hélio Duarte buscou outros ramos do mercado para atuar. Em um cenário em que tudo estava caindo, um segmento parecia seguir na mão contrária: cervejaria artesanal. Ele fez dois cursos para se especializar no ramo, um em Blumenau e outro em São Paulo e, no ano passado, começou o processo de implantação da Fabeer, em Baturité.
"Já conhecia o trabalho do Sebrae, de um curso que tinha feito anos antes, e voltei a procurá-lo. Não fosse aquele curso que tinha feito, chancelado pela ONU sobre tendências de mercado, não teria mudado de ramo e teria seguido no vermelho", explica Duarte. Lá, procurou consultorias sobre assuntos financeiros, boas práticas de cozinha e de mercado, sem os quais ele afirma que não teria conseguido atingir seu objetivo. Para custear a mudança, ele aponta que a empresa ainda tinha capital suficiente para bancá-lo durante o processo, sem ter precisado pedir empréstimos.
"Foi uma decisão estratégica", explica o dono do empreendimento, que vai inaugurar no próximo dia 10. A mudança também foi de categoria: ele deixou de ser Microempreendedor Individual (MEI) para se tornar pequena empresa.
Presença
Os seus produtos já estão presentes em 15 restaurantes da serra, ainda em fase de testes. "Fizemos testes em Quixadá e na região de Baturité, onde o fluxo turístico é muito alto, principalmente do público A, para que os clientes avaliassem os sabores da cerveja, o amargor, e fomos ajustando a receita. Hoje ela já está pronta", explica.
O negócio já vai começar com a nova legislação trabalhista. Duarte conta que está negociando com o contador e dois funcionários formas para ajustar o regime de trabalho às regras para que seja benéfico para todos. "O momento ainda é de retração, mas estamos confiantes na retomada. Tivemos o cuidado para preparar com plano de negócios muito bem estudado", diz.
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