Ceará: 5,5 milhões receberam auxílio em maio, diz IBGE
Cerca de 60% da população cearense recebeu o benefício em maio
Cerca de 54,6% ou 1,5 milhão de domicílios cearenses foram beneficiados, em maio, com o auxílio emergencial. Segundo a Pnad Covid-19 Mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em termos populacionais, 5,5 milhões de pessoas receberam o benefício, o que significa cerca de 60% da população total do Estado, que tem 9 milhões de habitantes.
Ainda segundo o estudo, em maio, foram repassados no total cerca de R$ 1,46 bilhão ao Ceará, distribuídos principalmente para aqueles que estão nos estratos de renda mais baixos da população, cuja renda domiciliar, naquele mês, não ultrapassou os R$ 522,40.
A pesquisa mostra que, na primeira faixa de renda, cerca de 1,8 milhão de cearenses residem em domicílios com renda familiar per capita (excluindo o auxílio emergencial) até R$ 79,86. Desses, 1,6 milhão de pessoas, o equivalente a 89% dessa faixa, residem em domicílios que receberam o benefício.
No Ceará, na segunda faixa de renda (até R$ 201,10), o alcance foi de 90,9%, contemplando 850 mil dos 935 mil pessoas que residiam em lares onde pelos menos uma pessoa recebeu o auxílio emergencial. No caso dessa faixa, houve impacto positivo equivalente a 185%, ao passar de renda per capita de R$ 139,35 para R$ 397,08.
No Estado, foi contemplada cerca de metade das 994 mil pessoas que residiam em lares cuja renda familiar per capita não ultrapassava R$ 694,21. Os domicílios com maior renda per capita têm o menor percentual de lares beneficiados com o auxílio no Ceará.
Estados
Nos estados das regiões Norte e Nordeste, o percentual de domicílios beneficiados com o auxílio emergencial ultrapassou os 40%. No Amapá e no Maranhão, a proporção de beneficiados foi superior a 60%. Em São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal, estados cujo rendimento domiciliar per capita são os mais elevados, a cobertura do programa não alcançou 30% dos domicílios.
“Foram incluídas questões relativas ao auxílio emergencial, que, por ser um programa de transferência de renda de grande envergadura, exigia uma avaliação de forma separada dos demais programas existentes.
Para receber o Auxílio Emergencial, a pessoa deve atender a determinados critérios, entre os quais que a renda domiciliar per capita não ultrapasse R$ 522,50 ou a renda total do domicílio não ultrapasse a três salários mínimos (R$ 3.135,00)”, lembra o diretor adjunto de Pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo.