Transportadoras de combustíveis paralisaram as atividades em, pelo menos, três estados. Os atos são contra a alta de preço do diesel. Nesta quinta-feira (21), Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo já tinham aderido ao movimento. A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e sindicatos filiados comunicaram apoio à categoria.
Desta vez, a expectativa é de que os veículos não deixem as empresas, para evitar problemas nas rodovias como ocorreram em outras greves. Dentre as pautas reivindicadas pela categoria, estão o preço dos combustíveis, o impacto direto sobre a inflação e o custo de vida do brasileiro.
"Os seguidos reajustes nos preços dos combustíveis são consequência da equivocada política de Preço de Paridade de Importação (PPI), adotada pela gestão da Petrobras e mantida pelo governo Bolsonaro", disse a FUP.
Auxílio a caminhoneiros
Em meio à pressão, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou "auxílio diesel" para 750 mil caminhoneiros "para compensar" a elevação do custo, durante evento hoje, em Pernambuco. Ele afirmou que os detalhes serão apresentados nos próximos dias.
Política de preços da Petrobras
A política de preços da Petrobras se baseia nas cotações internacionais do petróleo, na variação do dólar e nos custos de importação, o que é contestado pela entidade pelo fato do Brasil ser autossuficiente em petróleo, ou seja, tendo grande parte de seus custos em real.
"Enquanto o PPI não mudar, a inflação, que já supera 10% em 12 meses, vai continuar sua cruel trajetória de alta, impulsionada pelos combustíveis e gás de cozinha, cujo preço do botijão de 13 quilos já supera R$ 100, equivalente a cerca de 10% do salário mínimo", criticou a FUP.