O Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens (Sindicam-CE) afirmou, nesta sexta-feira (29), que não irá aderir à paralisação convocada para a próxima segunda-feira, 1º de fevereiro. A entidade justificou que vai seguir o posicionamento da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), que optou por continuar as atividades. O aumento de 4,4% no preço do diesel, anunciado nesta semana pela Petrobras, está entre os motivos do indicativo de greve.
"O Sindicam não tem o poder sindical de ir para a greve sem a autorização da CNTA devido às condições da pandemia”, justificou a secretária Joana Seixas. Segundo acrescentou, promover greves no atual contexto da pandemia pode trazer prejuízos sanitários e econômicos. “Isso leva à população a um risco e outra, nesse momento, os transportadores estão tendo mais ofertas de frete. Uma paralisação economicamente não seria viável. Se eles mandarem, a gente adere", frisou.
Também consultadas pela reportagem do Diário do Nordeste, as demais entidades afirmaram que não vão participar da paralisação. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes de Mudanças, Bens e Cargas do Estado do Ceará (Sindicam-CE), José Tavares Filho, alegou que “não representamos os caminhoneiros autônomos".
O Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística do Estado do Ceará (Setcar-CE) informou que não concorda com o movimento. “É totalmente contra”, disse Espedito Junior, gerente da entidade. O representante ressaltou que as transportadoras “já estão adaptadas a fazer o abastecimento”, caso a greve aconteça. “Se o governo garantir acesso a liberação das estradas, as transportadoras vão fazer o abastecimento", pontuou.
A Associação Nacional de Transporte no Brasil (ANTB) foi procurada pela reportagem, mas até a publicação desta matéria não deu retorno.
Em nota pública, a Confederação Nacional do Transporte (CNT), comunicou que “não apoia nenhum tipo de paralisação de caminhoneiros e reafirma o compromisso do setor transportador com a sociedade”. O presidente Vander Costa assegurou que “se houver algum movimento dessa natureza, as transportadoras garantem o abastecimento do país, desde que seja garantida a segurança nas rodovias”.