Ricardo Cavalcante é empossado presidente da Associação Nordeste Forte

Entidade foi criada em 2016 e visa promover o desenvolvimento socioeconômico da região, ampliando a competitividade do Nordeste

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Ricardo Cavalcante, foi empossado hoje (22) presidente da Associação Nordeste Forte, vinculada à Confederação Nacional da Indústria (CNI). A cerimônia ocorreu em Brasília, na sede da CNI.

Além de Ricardo Cavalcante, compõem a nova diretoria da Associação Nordeste Forte o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Alagoas (Fiea), José Carlos Lyra de Andrade, como vice-presidente secretário, e Eduardo Prado de Oliveira (Fies), como vice-presidente tesoureiro.

A Associação Nordeste Forte foi criada em 2016 e tem como objetivo promover o desenvolvimento socioeconômico da região, ampliando a competitividade do Nordeste. A entidade também propicia a discussão dos problemas e questões do setor industrial nos nove estados do Nordeste de forma conjunta.

Em discurso, Ricardo Cavalcante destacou a excelência do trabalho realizado pelo ex-presidente da Associação, Amaro Sales, que lançou a Programação Prioritária do Nordeste 2019 – 2022, documento que traz um conjunto de ações voltadas para valorizar o papel da indústria do Nordeste no ambiente econômico nacional.

Ele ainda ressaltou que a CNI tem contribuído para a valorização da indústria brasileira no cenário político-econômico nacional e internacional e que o Nordeste pode alavancar ainda mais a sua participação.

"Apesar da dificuldade imposta por uma legislação que teima em permanecer no século passado, enquanto o mundo evolui, a indústria nordestina tem crescido e se qualificado para competir no ambiente de convergência tecnológica presente na quarta revolução industrial. E é com esta consciência otimista que nós pretendemos iniciar o nosso mandato na Associação Nordeste Forte", declarou o presidente da Fiec e presidente da Associação Nordeste Forte em seu discurso de posse.

"O Nordeste é um celeiro de oportunidades e realidades que precisam ser destacadas. Somos um povo criativo, trabalhador e ousado, que não teme desafios e não se priva de levar suas ideias adiante. Temos um potencial tácito de riquezas naturais e humanas que nos credenciam como um território atrativo a investimentos do mundo inteiro", acrescentou.

O presidente da CNI, Robson Braga, ressaltou a importância do trabalho feito em conjunto.

"Esse trabalho acabou sendo muito importante, muito bem elaborado e trazendo resultados fantásticos. Você acaba se unindo e discutindo em conjunto as necessidades que a região tem. Isso fortalece não só o Estado, a região, mas todo o sistema industrial; tem sido muito positivo. Tenho certeza absoluta de que o Ricardo Cavalcante vai dar continuidade a esse trabalho. Quem vem depois sempre procura fazer um pouco mais, melhorar a base que já foi elaborada, e tenho certeza que o Ricardo Cavalcante fará isso", reforçou.

Presente na posse, o procurador-geral da República Augusto Aras parabenizou a gestão de Amaro Sales de Araújo, transferindo os cumprimentos ao presidente empossado Ricardo Cavalcante, e salientou o papel do Ministério Público.

"Na nossa gestão temos trabalhado para levar a consciência de que esse Ministério Público é único não somente porque é o guardião do estado democrático de direito, mas é aquele também que deve defender o sistema econômico de mercado. O Ministério Público Brasileiro está inserido no contexto de defesa da sociedade brasileira e, nesta missão, tenho muitos deveres. Um deles, primordial, é trabalhar para contribuir para o desenvolvimento econômico-social do Brasil. O mercado interno é patrimônio nacional e assim está escrito na Constituição. É dever do Ministério Público Brasileiro defender esse mercado", enfatizou.

O secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, também esteve na solenidade.

"Ricardo, você tem o nosso compromisso de trabalhar como Governo, e junto com o Congresso Nacional, para reduzir o custo do Brasil, de tirar todas as amarras para que vocês cresçam. Garantir que os juros permaneçam baixos para o equilíbrio fiscal, que o câmbio continue no patamar adequado e os juros e impostos sobre a produção caiam, principalmente sobre a indústria. Estamos brigando para que os impostos caiam sobre quem mais paga, é um princípio nosso. E quem mais paga é a indústria, então vamos reduzir impostos sobre a indústria já", realçou.

Ainda em seu discurso, Ricardo Cavalcante levantou pontos relevantes para o desenvolvimento da região.

"É imperativo também, para que tenhamos maior competitividade da indústria nordestina, a adoção de uma estratégia de logística que integre portos e aeroportos com os modais ferroviário e rodoviário. Precisamos de um olhar mais atento aos nossos problemas; ouvir melhor os nossos Sindicatos, que estão bem mais próximos das empresas e fazem com maestria essa interlocução com as federações. Precisamos mapear as dores mais urgentes de cada segmento industrial e identificar as janelas de oportunidades abertas nos mercados locais, regionais, nacionais e globais", expôs.

O presidente ainda destacou o potencial do Nordeste na geração de energias renováveis.

"Como se não bastasse a nossa competência para a geração de energia a partir de fontes solar e eólica, surge agora o Hidrogênio Verde, considerado por muitos como a energia do futuro. Se trabalharmos unidos e com visão de futuro, poderemos nos tornar referência global na produção, exportação e distribuição de Hidrogênio Verde para uso nos mais diferentes segmentos econômicos", apontou.

Tributação, financiamentos e infraestrutura

Em entrevista ao Sistema Verdes Mares, o presidente Ricardo Cavalcante revelou que temas como financiamentos, tributação e infraestrutura ajudarão a pautar sua gestão à frente da Nordeste Forte.

"Nós temos uma agenda para discussão de financiamentos da região, uma pauta que estamos discutindo muito; na parte também de tributação, de infraestrutura – que é uma área muito importante, porque o Nordeste precisa de muita coisa pra ser feita –, na parte de energia, de transportes, infraestrutura urbana e hídrica também. E cada etapa nós iremos discutir e acompanhar", disse Ricardo Cavalcante em entrevista.

"Cada presidente de Federação é muito participativo, e a gente achou a necessidade de se discutir também em conjunto, porque muitas vezes os problemas que tem no Maranhão também tem aqui, tem no Rio Grande do Norte, tem na Bahia, etc. A gente está cada vez mais fortalecendo nossas Federações e também a CNI (Confederação Nacional da Indústria) junto com a Nordeste Forte”, destacou o presidente da Fiec e presidente da Associação Nordeste Forte.