Com foco em capacitação profissional no ramo da tecnologia de sistemas embarcados e aplicações de Internet das Coisas (IoT), o programa EmbarcaTech foi lançado na tarde desta sexta-feira (5) no Ceará, em um projeto com investimento federal de R$ 50 milhões.
Inicialmente, 6 mil vagas serão distribuídas para os institutos Federais do Ceará (IFCE), do Maranhão (IFMA), do Rio Grande do Norte (IFRN) e do Piauí (IFPI), além do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico em Informática e Eletroeletrônica de Ilhéus (Cepedi), na Bahia, e do Instituto Hardware Brasil (HWBr).
Os participantes poderão desenvolver soluções e atuar em áreas como Educação, Indústria, Saúde e Segurança. A primeira fase será com capacitação intensiva de três meses com aprofundamento em sistemas embarcados, aplicações em IoT e estudos de caso em setores como agricultura, indústria, smart cities e logísticas.
Na segunda fase serão escolhidas, dentre os 6 mil estudantes da etapa anterior, 600 vagas para uma residência tecnológica de 240 horas pelo período de um ano. Os alunos vão ganhar bolsa de estudos e poderão aplicar seus conhecimentos em empresas parceiras.
A iniciativa é do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O gerenciamento é feito pela Softex, empresa com 20 anos de atuação e sede em Brasília. A companhia tem 22 Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs) credenciados e 19 aceleradoras parceiras, beneficiando cerca de 4 mil startups e mais de 6 mil empresas, além de ter convênios com o Poder Público nas esferas federal, estadual e municipal.
Inácio Arruda, secretário de Ciência e Tecnologia para Desenvolvimento Social do MCTI, estava presente no lançamento e comentou sobre a importância do fortalecimento do mercado, aliado ao desenvolvimento social e a sensibilidade.
"São os alunos da engenharia, da engenharia elétrica, da engenharia civil, da engenharia de telecomunicações, da engenharia eletrônica. Então, essas engenharias todas recebem um recurso com um programa chamado residência em TICs. Esse programa de residência em tecnologia da informação vai garantir que esses estudantes possam ter uma formação na área", explica Inácio.
Para o secretário, os alunos terão "um reforço extraordinário e formação de qualidade, não só para permanecer no Brasil, mas fazer aquilo que o mais o Brasil precisa, que é ter ciência e tecnologia para o desenvolvimento e a inclusão social".
Domínio de tecnologias e capacitação
Segundo o reitor do IFCE, Wally Menezes, o EmbarcaTech vem para oferecer formação de excelência e fazer com que o Brasil tenha soberania nessa indústria.
"O principal capital intelectual que vai ser formado aqui, com as instituições parceiras, é o maior dos capitais que a gente pode ter. Então, a formação desse time tem essa estratégia de ter uma formação de excelência em tecnologia extremamente estratégica", comenta.
O programa também terá participação do Instituto Centec, do Governo do Ceará, na parte de qualificação. “Essa ação […] vem suprir uma forte demanda ao nível nacional, que é capacitar profissionais, hoje nós temos uma demanda reprimida, algo em torno de 100 mil a 140 mil profissionais que a cada ano necessita”, afirma Acrísio Sena, presidente do Instituto Centec.