Considerado a prévia da inflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) para a Região Metropolitana de Fortaleza apresentou um desempenho melhor do que a média nacional pela primeira vez desde novembro do ano passado. Em abril de 2021, o IPCA-15 para a capital cearense foi apontado em 0,52%, enquanto a média das cidades pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficou em 0,6%.
O movimento dos preços em Fortaleza representa desaceleração de alta nos últimos meses, quando os produtos tem sofrido impactos diretos pela crise gerada pela pandemia do novo coronavírus.
Os segmentos que mais pressionaram a inflação de Fortaleza foram vestuário, que teve alta de 1,09%, artigos de residência (1,08%) e transportes (1,08%). Os dados analisados pelo IBGE levam em consideração o período entre o dia 16 de março e 15 de abril.
Outro destaque da pesquisa foi o segmento de saúde e cuidados pessoais, que também apresentou alta acima da média de Fortaleza, com elevação de 0,55%.
Os setores de edução (0,,51%), habitação (0,47%), comunicação (0,37%), e alimentação e bebidas (0,15%).
O único segmento a apresentar deflação na região metropolitana da Capital foi o de despesas pessoais, que apresentou recuo de 0,14%.
Resultado nacional
Já o resultado para a média nacional apresentou uma alta de 0,6% para o IPCA-15. Os dados consideram um levantamento de preços nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e do município de Goiânia.
O resultado foi puxado pela alta do setor de transportes, que teve uma elevação de 1,76% no período analisado em março e abril deste ano. O valor, contudo, representa uma desaceleração em relação ao período diretamente anterior (fevereiro/março), que apresentou alta de 1,04%.
Em abril deste ano, só o setor de comunicação apresentou deflação, de 0,04%, enquanto os preços na educação ficaram estáveis, com 0% de variação.
O restante dos setores apresentou alta abaixo da média do país: artigos de residência (0,55%), habitação (0,45%), saúde e cuidados pessoais (0,44%), alimentação e bebidas (0,36%), vestuário (0,17%), e despesas pessoais (0,05%).