Preços de alimentos e produtos em supermercados de Fortaleza sobem 10,26%, diz Procon

Órgão de defesa do consumidor faz acompanhamento mensal dos valores de 70 itens considerados essenciais

Os preços dos alimentos e dos produtos nos supermercados da Capital subiram 10,26% no último maio, segundo pesquisa feita pelo Departamento Municipal de Proteção e Defesa dos Direitos do Consumidor (Procon Fortaleza).

O levantamento foi divulgado nesta terça-feira (7) e comparou os valores encontrados nos supermercados no último mês com os encontrados no início do ano.

Entre janeiro e maio, de acordo com o órgão, o custo dos mesmos 70 itens pesquisados mensalmente subiu de R$ 657,16 para R$ 724,60. A variação foi puxada por 18 produtos que tiveram acréscimos acima de 100% nos preços.

Os pesquisadores do Procon descobriram que o mesmo sabonete infantil, de 80g, por exemplo, pode ser encontrado de R$ 3,89 a R$ 12,49 nos supermercados da Cidade, o que representa uma variação de 221,07%. O quilo do pimentão também pode ser encontrado bem mais caro, podendo custar de R$ 3,98 a R$ 11,19, numa variação de 181,15%.

Além desses itens, tiveram aumentos consideráveis a unidade de abacaxi e os quilos de tomate e banana. Veja as maiores variações:

  • Sabonete infantil (80g): menor preço: R$ 3,89 | maior preço: R$ 12,49 | variação: 221,07%
  • Pimentão (Kg): menor preço: R$ 3,98 | maior preço: R$ 11,19 | variação: 181,15%
  • Abacaxi (Unidade): menor preço: R$ 3,49 | maior preço: R$ 9,39 | variação: 169,05%
  • Tomate (Kg): menor preço: R$ 4,98 | maior preço: R$ 12,99 | variação: 160,84%
  • Banana (Kg): menor preço: R$ 2,49 | maior preço: R$ 6,45 | variação: 159,92%

Onde é mais caro e mais barato comprar?

Segundo o Procon, os produtos mais caros foram encontrados em supermercados das regionais 9 e 5, que compreendem bairros como Jangurussu, Barroso, Granja Lisboa e Bonsucesso. Nesses locais, as compras dos 70 produtos fixos da pesquisa variaram entre R$ 790,93 e R$ 792,38.

As regionais com preços mais em conta, conforme o órgão, foram a 3 e a 4, que envolvem bairros como Parque Araxá, São Gerardo, Monte Castelo, Fátima, José Bonifácio, Montese e Parangaba. Os valores variaram entre R$ 617,45 e R$ 622,59.

O Procon ressalva que a quantidade de itens em falta pode afetar a média da somatória.

Planejar compras

Para a diretora do Procon Fortaleza, Eneylândia Rabelo, o recomendado, neste momento, é planejar as compras para evitar comprar itens que não são tão necessários.

"Planejar é o melhor caminho para alcançar uma economia. Não compre o que não está precisando ou fácil de desperdiçar. Muita atenção com legumes e verduras. Só compre o que realmente vá consumir", aconselha a gestora.