A Petrobras anunciou, nesta segunda-feira (1°), um novo aumento nos preços dos combustíveis nas refinarias. Essa é a quinta alta no preço do litro da gasolina em 2021, que subiu 4,8%, equivalente a R$ 0,124. Já o diesel é a quarta alta do ano, aumento de 5%, o que corresponde a R$ 0,13.
O preço da gasolina nas refinarias passa de R$ 2,48 para R$ 2,6 por litro. Já o diesel sobe de R$ 2,58 para R$ 2,71 por litro.
Em 18 de fevereiro, a estatal já havia reajustado o preço da gasolina em 10,2% e o diesel em 15,2%. Nos últimos trinta dias, já ocorreram três ajustes nos preços dos combustíveis.
A estatal afirmou em nota que tem como referência os preços de paridade de importação, acompanhando as variações do mercado internacional.
“Importante ressaltar também que os valores praticados nas refinarias pela Petrobras são diferentes dos percebidos pelo consumidor final no varejo. Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis pelas distribuidoras, no caso da gasolina e do diesel, além dos custos e margens das companhias distribuidoras e dos revendedores de combustíveis”, afirmou a companhia em comunicado.
No último mês, a Petrobras foi criticada por supostamente reajustar demais o preço do diesel. O presidente Jair Bolsonaro anunciou, em 19 de fevereiro, a substituição do presidente da empresa. O general Joaquim Silva e Luna deve substituir Roberto Castello Branco na gerência da estatal.
Ao sinalizar a mudança, Bolsonaro criticou o aumento no preço dos combustíveis. "Teve um aumento, no meu entender, aqui, eu vou criticar, um aumento fora da curva da Petrobras. 10% hoje na gasolina e 15% no diesel. É o quarto reajuste do ano. A bronca vem sempre para cima de mim, só que a Petrobras tem autonomia", afirmou, chamando o aumento de abusivo.
A Petrobras perdeu valor de mercado com a intervenção do presidente. A queda da estatal com a medida de Jair Bolsonaro chegou a R$ 102,5 bilhões, três dias após o anúncio.