Os itens de alimentação ficaram mais caros no mês de abril em Fortaleza. O óleo e o feijão, por exemplo, subiram mais de 5% em comparação ao mês de março. Os dados fazem parte do levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
A variação da cesta básica, composta por 12 itens, foi de quase 2%, chegando a R$ 647,63 em abril. O valor é R$ 40,28 mais caro que o registrado em janeiro deste ano.
O pão também sofreu alta, assim como o leite, o café e o açúcar. A pesquisa considera as quantidades necessárias para uma família composta por dois adultos e duas crianças.
Veja as variações dos itens
- Óleo: 8,23%
- Feijão: 6,31%
- Pão: 5,84%
- Café: 3,74%
- Farinha: 3,73%
- Leite: 2,78%
- Açúcar: 2,62%
- Tomate: 1,87%
- Manteiga: 0,61%
- Arroz: 0,58%
- Carne: 0,11%
- Banana: -1,74%
Além disso, o custo com a alimentação básica comprometeu 57,77% do salário mínimo líquido do fortalezense.
Comportamento nacional
Considerando o valor da cesta com outras capitais brasileiras, Fortaleza tem o conjunto de itens mais caro do Nordeste e entre as 10 mais baratas do País.
Entre os valores mais caros registrados estão a cesta de São Paulo (R$ 803,99), Florianópolis (R$ 788,00) e Porto Alegre (R$ 780,86).
- São Paulo: R$ 803,99
- Florianópolis: R$ 788,00
- Porto Alegre: R$ 780,86
- Rio de Janeiro: R$ 768,42
- Campo Grande: R$ 761,73
- Brasília: R$ 741,55
- Curitiba: R$ 739,28
- Vitória: R$ 729,31
- Belo Horizonte: R$ 693,41
- Goiânia: R$ 682,87
- Fortaleza: R$ 647,63
- Belém: R$ 610,31
- Natal: R$ 595,37
- Recife: R$ 582,74
- Salvador: R$ 575,84
- João Pessoa: R$ 573,70
- Aracaju: R$ 551,47
Salário mínimo ideal
No levantamento, o Dieese também aponta o valor do salário mínimo ideal para uma família com quatro pessoas, que deveria ser de R$ 6.754,33, o que corresponde a 5,57 vezes que o mínimo atual (R$ 1.212).
Em março, o valor ideal era de R$ 6.394,76, ou seja, quase R$ 360 a menos.