No Twitter, o governador Camilo Santana (PT) se posicionou sobre carta enviada por representantes do setor produtivo (Fiec, Fecomércio e CDL) na última terça-feira à noite, que cobram medidas para abrandar as medidas protetivas que visam combater a disseminação em massa do coronavírus no Ceará.
Sem mencionar qualquer instituição ou nome, o governador foi duro e direto dizendo que seguirá tomando decisões baseadas em especialistas, no tocante ao combate à pandemia, e que não agirá "mediante pressão de setor A ou B". "É necessário que empregos sejam mantidos. E lutaremos por isso. Mas é fundamental, primeiro, que vidas sejam preservadas", escreveu.
Também apontou sua artilharia para o Governo Federal. Cobrou que o Planalto ajude o Estado no combate a pandemia.
O presidente Jair Bolsonaro, em seu último pronunciamento em rede nacional de rádio e TV, deixou claro que segue com a ideia de que tudo não passa de histeria e que o coronavírus é uma "gripezinha".
Camilo reforçou que pensa na economia e ela será, logicamente, analisada em cada decisão, "principalmente no que atinge as pessoas mais pobres, os autônomos e desempregados", reforçou via rede social.
Setor produtivo
O que Fiec, Fecomércio e CDL, representantes do setor produtivo, enviaram ao governador foi uma pedido para rever algumas das medidas protetivas que visam combater a disseminação em massa do vírus no Ceará. O setor tenta flexibilizar algumas regras, que determinam fechamento de alguns negócios e o isolamento social no Estado.
A pressão foi respondida ontem, com a cessão de alguns benefícios pela Secretaria da Fazenda e ainda a inclusão de representantes no comitê de crise do coronavírus (Covid-19), criado pelo Governo do Estado. No entanto, a volta das atividades na próxima segunda-feira (30), quando acaba o estado de emergência decretado por Camilo, continua sendo um pleito.