O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, usou o próprio perfil no Twitter para reformular o posicionamento sobre o saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Em texto na rede social, ele explicou que a manutenção do saque dependerá de amplo debate.
Anteriormente, ainda na quarta-feira (4), Marinho revelou, em entrevista ao jornal O Globo, desejo de encerrar o saque-aniversário.
Entretanto, em mensagem no Twitter publicada na madrugada desta sexta-feira (6), o titular da pasta garantiu que a decisão de manter ou não a possibilidade de adesão ao saque irá depender de amplo debate.
"A manutenção ou não do saque-aniversário do FGTS será objeto de amplo debate junto ao Conselho Curador do FGTS e com as centrais sindicais. A nossa preocupação é com a proteção dos trabalhadores e trabalhadoras em caso de demissão e com a preservação da sua poupança", escreveu.
O que é o saque-aniversário
O benefício citado pelo ministro permite a retirada de parte do FGTS a partir do primeiro dia útil do mês de aniversário do trabalhador. Em caso de adesão, a parcela do valor pode ser sacada até três meses após a data.
Criado em 2019 como uma forma de aquecer a economia, ele também diminui os valores que o trabalhador pode receber em caso de demissão.
A declaração do atual ministro foi criticada por Adolfo Sachsida, ex-secretário de Política Econômica do governo Bolsonaro.
"O Saque-Aniversário do FGTS corrige importantes distorções do mercado de crédito e de trabalho. Além de tecnicamente correto, o Saque-Aniversário do FGTS já beneficia mais de 30 bilhões de brasileiros, é um erro grosseiro o novo governo querer acabar com ele", disse.