Lançado nos Estados Unidos o 1º fundo indexado ao bitcoin; veja como funciona

O ETF não vai investir diretamente em bitcoins, mas em contratos no mercado futuro vinculados a criptomoedas

Os investidores têm a opção de aplicar em bitcoins a partir desta terça-feira (19) na bolsa de Nova York, através de um fundo ETF que será indexado à evolução da popular criptomoeda pela primeira vez no mercado norte-americano.

Trata-se de um acontecimento muito esperado no universo das criptomoedas. 

O ETF da ProShares, que acompanhará a evolução do mercado do bitcoin, começou a ser negociado nesta terça na bolsa de Nova York sob a sigla BITO, informou a empresa especializada em um comunicado publicado na segunda (18). 

COMO VAI FUNCIONAR

O ETF não vai investir diretamente em bitcoins, mas em contratos no mercado futuro vinculados a criptomoedas, informou a ProShares. 

Nos ETF, os investidores podem comprar e vender a todo momento partes do fundo, diferentemente de outros instrumentos clássicos deste tipo, que têm janelas temporárias de entrada e saída. 

Os ETF se desenvolveram de forma exponencial há 20 anos e se valorizaram em mais de US$ 5 trilhões de dólares nos Estados Unidos, o que representa 70% do mercado mundial destes fundos. 

"A ProShares, um dos principais provedores de ETF, prevê lançar (na terça) o primeiro ETF vinculado ao bitcoin nos Estados Unidos (...), uma etapa maior para os ETF", anunciou o fundo em um comunicado. 

ETF DE BITCOIN NO BRASIL

O ETF da ProShares será negociado com o código BITO e terá taxa de 0,95%, menos da metade dos 2% cobrados pelo GBTC. O Brasil hoje já conta com cinco ETFs critpos, das gestoras Hashdex e QR Asset.
 
ETF atrelados ao bitcoin existem na Ásia, Canadá e Brasil, mas esta é a primeira vez que um será aberto na principal praça financeira do planeta. 

A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) não se opôs ao lançamento deste fundo, embora o tenha feito em casos anteriores. 

No entanto, a SEC publicou um tuíte com uma advertência na semana passada, que reflete as dúvidas e críticas que estes novos ativos digitais suscitam. 

"Antes de investir em um fundo que tem contrato futuro com bitcoins, assegure-se de ter pesado os riscos e os benefícios", escreveu o organismo.