Com expectativa de crescimento no mercado de tecnologia, o Instituto Atlântico projeta dobrar de tamanho e contratar 750 novos funcionários nos próximos 5 anos. A projeção é que a receita da instituição sem fins lucrativos chegue a R$ 300 milhões.
Os números otimistas consideram uma superação das incertezas globais em 2023 e se sustentam em dados promissores dos últimos anos. O Atlântico registrou crescimento de 30% em 2020, 116% em 2021 e de 39% no acumulado de 2022.
A instituição também tem planos de expandir a atuação internacional, com captação de clientes de outros países e, consequentemente, novas formas de receita. Para o superintendente do Atlântico, Francisco Moreto, mais do que otimismo, as projeções para o futuro se baseiam em um reflexo do mercado.
“A gente acredita que está em um período bom, essa é a década da transformação digital, a década da aplicabilidade da tecnologia na transformação dos negócios”, destaca.
Déficit de profissionais no setor de tecnologia e geração de emprego
De acordo com estudo da Brasscom, o mercado de tecnologia demandará 800 mil profissionais até 2025, sendo que o país forma apenas 53 mil especialistas na área por ano. Portanto, é previsto um déficit de 530 mil profissionais daqui a 5 anos.
Por conta disso, o Instituto Atlântico também tem trabalhado para formar profissionais por meio do Atlântico Academy, que já formou 211 pessoas nos primeiros dois ciclos.
Moreto destaca que é importante investir na formação de profissionais de tecnologia no Ceará e no Nordeste e que a região não perde em nada para polos tecnológicos brasileiros, como São Paulo e Rio de Janeiro.
A base do domínio tecnológico são pessoas. Nós temos aqui excelentes universidades, temos pessoas aguerridas, muito dispostas a assumir desafios. O cearense tem essa impetuosidade, nós contamos com essa qualidade de profissionais formados aqui e como o domínio tecnológico se faz através de pessoas, a gente acha que a gente pode se equiparar e a gente se equipara"
Para além da formação, o Instituto Atlântico investe em geração de emprego. Em 2019, o instituto contava com 227 funcionários; em 2022, já são quase 750, sendo 606 pessoas contratadas no Ceará e 132 em diversos estados do Brasil.
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Internacionalização do negócio
O Atlântico também está expandindo em busca de clientes internacionais. Em 2022, foram R$ 2 milhões de receita vindos do exterior, com 6 funcionários envolvidos no projeto. Para o ano que vem, a expectativa é que a receita chegue a R$ 6 milhões.
O gerente de portfólio do Instituto Atlântico, Albert Schilling, explica que o instituto já tinha empresas globais como clientes, mas o contato sempre era intermediado por meio de centros de pesquisas brasileiros. Agora, a missão é prospectar empresas de fora em outros idiomas e recebendo em moeda estrangeira.
“A gente começou a perceber pessoas saindo do Atlântico e passando a trabalhar em empresas americanas, lá no Vale do Silício, e ganhando bastante repercussão, crescendo suas carreiras. A gente pensou, por que não aproveitar essa experiência com empresas globais e fazer com que o Atlântico usufrua desse mercado também?”, conta.
Segundo ele, houve um crescimento de quase quatro vezes no tamanho da atuação do projeto entre o ano passado e este. Para o ano que vem, a expectativa é dobrar os resultados deste ano.