A inflação de Fortaleza medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acelerou ao passar de 0,59% em junho para 0,92% em julho deste ano. Com o resultado, os preços de produtos e serviços na Capital cearense acumulam alta de 6,08% em sete meses de 2021 - a segunda maior inflação do País, atrás apenas do resultado em Curitiba (6,44%).
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 12 meses, Fortaleza acumula inflação de 10,46%, quinto maior resultado do País. Apresentaram variações mais expressivas Rio Branco (11,97%); Campo Grande (11,43%); Curitiba (10,96%) e São Luís (10,77%).
Veja os 10 maiores resultados no ano:
- Curitiba: 6,44%
- Fortaleza: 6,08%
- Rio Branco: 5,93%
- Porto Alegre: 5,42%
- Campo Grande: 5,41%
- Vitória: 5,23%
- Recife: 5,14%
- Aracaju: 4,99%
- Salvador: 4,91%
- São Luís: 4,70%
Produtos e serviços
Considerando os grupos de produtos e serviços, a maior variação mensal veio das despesas com habitação (1,92%) e artigos de residência (1,37%). Em seguida aparece o grupo de alimentação e bebidas, com alta de 1,04%.
De forma isolada, porém, a passagem aérea representa a maior alta em julho, com variação de 45,93%.
Veja as principais altas:
- Passagem aérea: 45,93%
- Tomate: 30,13%
- Cenoura: 15,49%
- Transporte por aplicativo: 8,55%
- Manga: 8,13%
- Hospedagem: 8,02%
- Tubérculos, raízes e legumes: 7,4%
- Reforma de estofado: 5,79%
- Maça: 5,68%
- Café moído: 5,41%
Impacto é maior para quem ganha menos
Já a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) - que se refere aos preços de produtos e serviços para as famílias que ganham até cinco salários mínimos - foi de 0,96% em Fortaleza no mês de julho.
Com o resultado do sétimo mês do ano, o INPC de Fortaleza acumula alta de 6,20% em 2021 e de 10,99% nos últimos 12 meses até julho.
A principal alta também vem do grupo de habitação (2,03%), seguido pelos artigos de residência (1,30%) e pelos transportes (1,15%).
Brasil
A inflação de Fortaleza em julho ficou levemente abaixo do índice observado para o País, de 0,96%. É a maior variação para um mês de julho desde 2002, quando o índice marcou 1,19%.
No ano, o IPCA do País acumula alta de 4,76% e, nos últimos 12 meses, de 8,99%. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, oito apresentaram alta em julho, sendo a maior em habitação (3,10%).
De acordo com o IBGE, esse resultado foi influenciado pela alta da energia elétrica (7,88%) com a bandeira tarifária vermelha patamar 2, que sofreu reajuste de 52%.