Após 31 dias de paralisação, a greve dos bancários pode acabar nesta quinta-feira (6). Em reunião com a categoria na noite de quarta-feira (5), a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) propôs aos trabalhadores um reajuste nominal de 8% nos salários e abono de R$ 3,5 mil.
Os empregados vão se reunir às 17h desta quinta, em assembleia geral, para avaliar a proposta e decidir os rumos do movimento. O Comando Nacional dos Bancários vai indicar aprovação da negociação e o fim da greve, segundo nota do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
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Qual a proposta apresentada e que será analisada?
Além do reajuste e do abono, os bancos ofereceram reajuste de 10% no vale-refeição e no auxílio creche-babá e 15% para o vale-alimentação. Em 2017, haveria a correção integral no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado, com aumento real de 1% em todos os salários e demais verbas.
Até a rodada de negociação feita na última quarta, os grevistas reivindicavam reajuste salarial de 14,78%, sendo 5% de aumento real, considerando uma inflação acumulada de 9,31%. Além disso, o sindicato pedia o pagamento de três salários mais R$ 8.297,61 em participação nos lucros e resultados, além da fixação do piso salarial em R$ 3.940,24.
Se a proposta negociada ontem for aprovada, o piso de funcionários que trabalham em escritórios nos bancos passa de R$ 1.976,10 para R$ 2.134,19.
Protesto no Ceará e 432 agências fechadas
Os bancários do Ceará distribuíram bananas na última terça, em manifestação contra os bancos em frente à Caixa Econômica Federal na Praça do Ferreira, no Centro de Fortaleza. Ao todo, 432 das 562 agências do Ceará permaneceram fechadas, representando uma adesão de 76,8% no Estado.
A categoria também fez mobilizações na última quarta, no Centro Administrativo do BNB, no Passaré.