A Organização Educacional Farias Brito investiu cerca de R$ 500 mil em pesquisas e desenvolvimento de tecnologia e inovação, nos últimos 12 meses. Dentre os projetos, está o Metaverso FB, lançado nesta terça-feira (21), na Aldeota, em Fortaleza.
Inicialmente, a plataforma, que integra o ambiente físico e o digital por meio da realidade virtual, será utilizada para aulas de Astronomia. Depois, a ideia é ampliar para as demais disciplinas.
Segundo Orlando Lustosa, gerente de inovação do FB, o projeto, que deverá ser implementado às atividades escolares já no segundo semestre, foi especificamente pensado para auxiliar alunos na preparação para olimpíadas de astronomia.
"Diversas empresas estão fazendo esforços para criar seus ambientes virtuais. Empresas na Alemanha estão fazendo um metaverso de música, onde bandas irão tocar, outras é para criar um ambiente mais social. A ideia é criar uma experiência imersiva com objetivo específico no mundo digital. No nosso caso, estamos criando uma experiência em realidade virtual com funcionalidade pedagógica que envolve astronomia e interativa e teremos uma reunião de objetivos", disse.
"O fato de acontecer no metaverso mostra que teremos a interatividade entre as pessoas, a realidade virtual e a imersão", completou.
A princípio, o projeto deverá ser utilizado com alunos com 13 anos ou mais, e deverá focar apenas na disciplina de astronomia. Contudo, Lustosa comentou que, ao entender as demandas e aplicações dessa nova ferramenta de ensino, o Farias Brito poderá ampliar a utilização dessa nova realidade virtual.
A ferramenta deverá, então, ser discutida com professores de outras disciplinas, como física e biologia.
"Vamos começar com uma turma de olimpíada de astronomia e não temos uma resposta ainda sobre a questão da rotina porque tudo aqui é uma experiência e temos de levar em consideração vários aspectos, como o tempo de uso dos equipamentos, idade mínima para uso com segurança e outros. O mundo ainda está buscando respostas, então estamos tomando cuidado para dar esse passo", disse.
"A astronomia é uma disciplina que usamos sempre 3 dimensões, então poderemos um treinamento específico para alguma olimpíada e fazer uma atividade específica", completou.
Primeiras unidades
Inicialmente, as unidades Sul, Aldeota e Central serão as primeiras a contar com o projeto, que passará ainda por análises de alunos e professores para se discutir o tempo de adaptação antes de ser levado a outros locais.
"Será aplicado em todas as unidades. Vamos começar em 3 unidades, que são Sul, Aldeota e Central, e depois vamos expandir. Até a gente entender de como a tecnologia vai se assentando e os alunos aprendem a usar, junto com os professores. Tem uma curva de aprendizagem", disse.
Investimento em tecnologia
O gerente de inovação do FB ainda destacou os investimentos em tecnologia feitos pela escola nos últimos anos.
"O investimento em tecnologias novas é R$ 500 mil nos últimos 12 meses, e esse é um dos principais investimentos. Inovação e tecnologia é um aspecto que o Farias Brito preza muito, tanto que somos uma das poucas escolas no Brasil que tem um setor de inovação", disse.