Dicas: Cinco passos para começar a guardar dinheiro em 2021

Confira dicas de como analisar os gastos e sanar dívidas que atrapalham o orçamento

Organizar, analisar e poupar. Essas são as palavras-chaves para começar a guardar dinheiro em 2021. O ano inicia com uma série de dúvidas sobre o futuro da economia brasileira, com elevadas taxas de desemprego e inflação em alta, mas especialistas apontam que, mesmo em um cenário desfavorável, é possível economizar

Ter uma reserva é uma oportunidade de realizar sonhos, segundo o vice-presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Ceará (Ibef), Raul Santos. Ele explica, porém, que parte desse valor também deve ser destinada a um fundo de emergências

“Depois que você passa um ano poupando, por exemplo, quando você se organiza, aquela poupança que você fez, você vai destiná-la para seus objetivos, parte dela vai ficar realmente como uma reserva para emergências, e uma parte daquela poupança pode ser usada para a realização de um sonho, como dar entrada em um imóvel, em um carro, fazer uma viagem ou uma cirurgia estética”, exemplifica.

Confira os passos para começar a poupar em 2021:

Organização

A primeira etapa para economizar é se organizar financeiramente, indica Raul. Esse passo pode ser realizado com ajuda de aplicativos ou planilhas digitais, e até com auxílio de um caderno. Nessa fase, é necessário mapear os gastos. “Saber quanto está entrando no seu caixa, quanto está saindo e para onde é que está indo”, esclarece. 

Analisar

Depois de organizar as finanças, é momento de analisar os gastos e distinguir quais são os custos essenciais e os supérfluos. O vice-presidente do Ibef recomenda também identificar as despesas que podem ser substituídas por opções mais baratas. Um exemplo é a compra de material escolar no início do ano letivo. Em vez de adquirir livros novos, os pais podem comprar obras usadas, aconselha o especialista. 

Poupar 

Após seguir esses dois passos, é hora de estabelecer uma porcentagem de quanto será poupado no fim do mês. O especialista defende que o ideal é que o indivíduo guarde pelo menos de 15% a 20% da renda líquida, mas afirma que esse investimento inicial pode ser menor. “Para não gerar uma pressão muito grande, é importante poupar pelo menos 5% ou 10% do que ganha”, diz. 

Investir

Essa poupança também pode se tornar um investimento, aponta Raul Santos. Segundo ele, o mercado financeiro está mais democrático e acessível, sendo possível começar a investir a partir de R$300. O especialista aconselha, porém, iniciar nesse universo a partir da aplicação em fundos protegidos da inflação. 

Para achar o investimento ideal de acordo com cada perfil, ele recomenda pesquisar. Essa busca por informações pode começar até mesmo pela plataforma do próprio banco do usuário. Já para quem não possui familiaridade com o mercado financeiro, Raul Santos orienta buscar ajuda do próprio gerente bancário ou de um amigo, familiar ou conhecido que tenha conhecimento em economia, como alguém que trabalhe no setor financeiro de uma empresa, por exemplo. 

Dívidas

Um dos empecilhos que pode dificultar alguém na hora de economizar são as dívidas. Para as pessoas que se encontram nessa situação, o especialista aponta a substituição das dívidas como solução. Um exemplo é realizar a portabilidade de um débito para outra instituição financeira com juros mais baixos. 

Outra opção é a negociação. O indivíduo pode tentar negociar a dívida com a instituição na tentativa de garantir um abatimento dos juros e até descontos. 

Além dessas possibilidades, ainda é possível contratar empréstimos pessoais para quitar a dívida integral e, assim, ter a possibilidade de negociar descontos e abatimentos. O vice-presidente do Ibef alerta, no entanto, que para ser vantajoso os juros do empréstimo precisam ser mais baixos que os do déficit a ser quitado.