A gasolina comum vendida nos postos cearenses ficou R$ 0,28 mais cara entre a segunda semana de novembro e última semana de janeiro.
De acordo com dados do mais recente Levantamento Sistemático do Preços da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o produto chegava ao consumidor final por, em média, R$ 4,47 na semana de 8 de novembro a 14 de novembro do ano passado.
Entre 24 de janeiro e 30 de janeiro deste ano, o combustível era comercializado, em média, por R$ 4,75.
Na última semana de janeiro, a gasolina no Ceará voltou a bater o patamar de R$ 5. O combustível foi encontrado na última semana a R$ 5,08 na cidade de Juazeiro do Norte, maior preço ao consumidor final em todo o Estado.
O valor médio ao consumidor final é fruto da mínima de R$ 4,57 e o máximo de R$ 5,08 - cerca de R$ 0,02 mais caro que o preço médio de R$ 4,73 apurado na penúltima semana de janeiro.
O preço máximo para o litro da gasolina comum nos postos ficou R$ 0,09 mais alto na última semana de janeiro em relação à semana imediatamente anterior (17/01 a 23/01), quando era de R$ 4,99.
Última vez
O preço da gasolina ao consumidor final no Ceará já havia ultrapassado R$ 5 no período da greve dos caminhoneiros, em maio de 2018, quando a oferta do combustível no Estado ficou prejudicada em decorrência dos bloqueios e paralisações nas estradas do todo o País, dificultando a chegada do produto aos postos.
O levantamento da ANP considerou os preços praticados em 151 estabelecimentos em todo o Ceará.
Reajustes
No último dia 26 de janeiro, a Petrobras operou um reajuste de 5,05% na gasolina vendida nas refinarias. Quando ocorre esse reajuste, o combustível chega às distribuidoras e postos de combustíveis por um valor maior, que é repassado ao consumidor final. Ao anunciar o reajuste, a estatal disse que o litro da gasolina subiria R$ 0,10.
Antes disso, no dia 18 de janeiro deste ano, a Petrobras já havia operado um reajuste de 7,6% nos preços da gasolina nas refinarias, gerando um aumento de, em média, R$ 0,15. Foi o primeiro reajuste de 2021. Os reajustes operados pela estatal têm como referência os preços de paridade de importação, acompanhando as variações do valor do produto no mercado internacional.
Novos reajustes no preço da gasolina e encarecimento ao consumidor final já eram esperados porque a defasagem entre os valores praticados pela Petrobras e os de paridade de importação era alta.