Se para os taxistas e motoristas de aplicativos a situação está cada vez mais complicada, para os entregadores que trabalham através de aplicativos, o cenário é melhor.
De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos (Sincofarma), Antônio Félix, os pedidos via aplicativos ampliaram em média 50% após a quarentena decretada para enfrentar a pandemia do novo coronavírus. "O cliente com medo (do novo coronavírus) está pedindo, e as entregas aumentaram. Aumentou bastante a procura pelas entregas em domicílio".
Segundo ele, as vendas físicas também tiveram alta, mas há alguns produtos que começam a faltar. "Faltam máscaras e álcool em gel. Vitamina C, dipirona e paracetamol estamos com dificuldade. Falta na distribuidora porque o laboratório não tem a matéria-prima", explica.
Para o entregador Aidan Nogueira, os pedidos diários passaram de oito, antes do coronavírus, para cerca de 20 chamados.
"Teve um aumento bem grande de pedidos. Eu costumo ficar mais na região da Aldeota, Meireles e Dionísio Torres e senti esse aumento. À noite, eu fazia em torno de oito viagens e hoje eu faço até 20 entregas no período que vai das 19h até 1h da manhã", explica.
De acordo com ele, os pedidos de comida, praticamente, não aumentaram. A resposta positiva, no entanto, veio das farmácias e supermercados. "O que teve um aumento considerável foi aquisição de produtos de farmácia e compras de supermercados. O pessoal começou a pedir muito mais esses produtos. Fast food continua o mesmo movimento".
Para dar conta da crescente demanda, Aidan diz que todas as medidas de higienização estão sendo tomadas. "No próprio aplicativo, eles dão algumas orientações para passarmos álcool e na hora da entrega manter a distância de 1,5 metro do cliente. Eles estão incentivando os clientes a pagarem direto no aplicativo para não termos contato com a pessoa e usarmos máscaras também. Orientam a colocarmos os pedidos na maçaneta da porta", afirma.