Com a taxa de juros em queda contínua e derretimento dos mercados frente ao avanço da pandemia do novo coronavírus, os pequenos investidores precisam priorizar a manutenção de uma reserva de emergência e aplicações mais rentáveis que a tradicional poupança - opção da qual se deve fugir, segundo o assessor de investimentos Brendo Rodrigues, por existirem alternativas mais vantajosas e com a mesma facilidade de retirada.
“Imprevistos e fracassos financeiros, por mais que sejam parciais, como esse que estamos passando durante essa pandemia, exigem um plano de investimentos resiliente. Isso significa que o pequeno poupador não pode errar na hora de aplicar seu dinheiro, já que ele muitas vezes representa um pequeno capital que sobra do seu orçamento mensal. Muitas vezes é R$ 100, R$ 200 ou menos que isso”, observa
Rodrigues recomenda outras três opções de investimento, por menor que seja a quantia disponível para aplicar. Ele ressalta, porém, a importância de se manter uma reserva emergencial, pequenas aplicações na renda variável e atenção para evitar taxas.
Confira as dicas:
- Conta digital: Pela ausência de agências físicas, o custo para manter uma conta nessa modalidade de banco é bem menor ou até inexiste. Além desse fator, contas digitais tendem a render mais que as físicas.
- Fundos de Investimentos imobiliários (FIIs): Essa opção destaca-se na renda variável por historicamente representar menor risco se comparado a ações. A modalidade permite investir em cotas de diferentes imóveis (apartamentos, shoppings e galpões), por valores acessíveis com maior previsibilidade dos retornos mensais. O importante é procurar corretoras com taxa zero e FIIs com histórico de retornos consistentes nos últimos anos.
- Ações: As ações tornam o investidor sócio de uma empresa. É necessário observar criteriosamente, já que ao adquirir o ativo o investidor assume o risco também dos prejuízos, por isso é importante.
O especialista aponta que, a longo prazo, boas ações trazem os maiores lucros, mas o momento exige máxima atenção. Antes de começar a aplicar em ações de alguma empresa, ele recomenda conhecer bem a situação da companhia, entre as quais:
- Histórico de crescimento nos últimos cinco anos ou mais;
- Histórico de divisão dos lucros (dividendos) nos últimos cinco anos ou mais (crescer e pagar dividendos no período representa solidez e capacidade de superar turbulências);
- Informações sobre o caixa da empresa escolhida (ter caixa é fundamental para a empresa superar momentos de crise);
- Escolher ações de diferentes segmentos (diversificar a carteira é fundamental para diluir os riscos).