Comércio, indústria e escritórios: saiba quais setores voltam a funcionar na segunda (8)

A partir de segunda-feira, atividades da indústria, comércio e serviços poderão contar com 40% da força de trabalho e horário reduzido

Comércios e shoppings começam a reabrir na Capital a partir desta segunda-feira (8), que avança para a fase 1 do Plano de Retomada Responsável das Atividades Econômicas e Comportamentais do Governo do Estado do Ceará. Todos os estabelecimentos deverão respeitar protocolos sanitários para prevenir a disseminação da covid-19.

Entre as determinações para o retorno dos shoppings, especificamente, está o horário reduzido, das 12h às 20h. Além disso, medidas como: restrição do fluxo de pessoas no interior dos shoppings, obrigatoriedade do uso de máscaras, redução das vagas de estacionamento e disponibilização de álcool em gel, são alguns dos cuidados previstos.

Serviços de contabilidade, auditoria e advocacia também podem retomar as atividades, desde que repeitado o limite de três trabalhadores por escritório.

Shoppings preparam reabertura de lojas para fase 1 da retomada; veja as medidas preventivas

Expectativa pela reabertura de lojas dá fôlego na semana de transição​

Novo normal ainda é desafio para operários na construção civil

Segmentos que já vinham funcionando desde o período de transição, na semana passada, poderão operar com o dobro do efetivo - passando de 20% para 40% da força de trabalho de forma presencial, caso da construção civil (limitado a 100 operários por obra), indústria de calçados, têxtil e confecção.

Fase 1 - Indústria, serviços e comércio

Indústria de químicos inorgânicos, plástico, borracha, solventes, celulose e papel

Artigos de couros e calçados  (indústria e comércio)

Fabricação de ferramentas, máquinas, tubos de aço, usinagem, tornearia e solda e comércio atacadista

Saneamento e reciclagem - recuperação de materiais

Cadeia energia elétrica - construção para barragens e estações de energia elétrica, geradores

Construção - até 100 operários por obra, cadeia produtiva com 40% do efetivo

Têxteis e roupas (indústria e comércio)

Comércio de livros e revistas

Comércio de artigos de escritório, serviços de manutenção. Contabilidade, auditoria e direito (máx. 3 trabalhadores por escritório)

Artigos do lar (indústria e comércio)

Comercialização de flores, plantas e couros

Cadeia moveleira (indústria e comércio)

Tecnologia da informação (indústria e comércio)

Comércio de bicicletas

Cadeia automotiva (indústria, comércio e serviços)

Comércio de saneantes, doces, brechós, papelarias e caixões

Comércio de higiene e cosméticos

Fabricação e comércio de aparelhos esportivos, instrumentos e brinquedos

Primeira semana

Segmentos que já voltaram na fase de transição, na semana passada, como o da construção civil, indústria de transformação e comércio focaram principalmente na adaptação dos estabelecimentos aos protocolos de higiene e distanciamento social, bem como no treinamento dos funcionários para lidar com os clientes.

“Nesta semana, as pessoas ainda estavam adequando os canteiros, instalando mais lavatórios, adquirindo os EPIs (equipamentos de proteção individual) necessários, como máscaras, para que a gente mantenha a segurança dos trabalhadores”, disse Patriolino Dias, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE), sobre o retorno das atividades.

O setor da indústria de transformação, que estava parcialmente paralisado, aproveitou a primeira semana para elaborar seus protocolos para evitar o contágio do coronavírus dentro das unidades fabris.

“Esses protocolos vão dizer como o colaborador vai ser recebido dentro da indústria, com medição da temperatura”, disse Ricardo Cavalcante, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec). De acordo com Cavalcante, alguns segmentos da indústria voltaram com 20% da força de trabalho e outros com 30%, e a expectativa é que toda a indústria volte com 40% a partir do dia 8.

Já no segmento do comércio e serviços, se destacaram na primeira semana os segmentos de material de construção e de de óticas.

“Esses setores retomaram aos patamares que estavam antes, porque há uma grande demanda reprimida”, disse Freitas Cordeiro, presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará (FCDL-CE). Já Maurício Filizola, presidente da  Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio-CE), considerou a primeira semana de retorno como “positiva”. “Vimos um movimento razoável para os setores”.