A queda de 43,1% e de 7% nos preços do tomate e da farinha, respectivamente, puxaram para baixo o valor da cesta básica de Fortaleza em agosto. O conjunto de 12 itens teve deflação de quase 7%, maior queda entre as 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Com a queda de quase 7% no preço da cesta básica, adquirir os 12 itens, nas suas respectivas quantidades, fez com que o trabalhador de Fortaleza gastasse R$ 630,48. Apesar da queda, Fortaleza ainda ocupa o posto de cesta básica mais cara do Nordeste.
Tomate e farinha
De acordo com o estudo do Dieese, a queda nos preços do tomate teve influência da maior oferta, devido ao calor, o que levou os preços no varejo a apresentarem deflação.
No caso da farinha de mandioca, o Dieese explica que há um impulso na oferta com a produção artesanal de pequenos produtores. "Nos meses de junho a agosto, há produção da farinha de mandioca artesanal pelos pequenos produtores, conhecida na região como 'farinhada', evento que pode ter elevado a oferta do bem, uma vez que a mandioca se encontra com preço elevado pela disponibilidade restrita e demanda aquecida".
Veja as variações mensais por produto
- Carne (4,5kg): 1,06%
- Leite (6L): 0,60%
- Feijão (4,5kg): -6,27%
- Arroz (3,6kg): -0,53%
- Farinha (3kg): -7,09%
- Tomate (12kg): -43,11%
- Pão (6kg): -0,76%
- Café (300g): 4,51%
- Banana (7,5 dúzias): 6,95
- Açúcar (3kg): -1,97%
- Óleo (900ml): 0,56%
- Manteiga (750g): -2,55%
Semestre e ano
Com o resultado de agosto, a cesta básica de Fortaleza apresenta variação de 0,45% nos últimos seis meses terminados em agosto, e de -1,90% em um ano. "Isto significa que a alimentação básica em agosto de 2024 (R$ 630,48) está mais cara do que em fevereiro de 2023 (R$ 627,67) e mais barata do que em agosto de 2023 (R$ 642,68)", explica o Dieese.
Na série de 12 meses, em Fortaleza, os itens que apresentaram reduções no preço foram o tomate (-39,21%), a farinha (-17,60%) e o feijão (-10,89%). Já os itens que apresentaram as maiores elevações foram o café (34,35%), a banana (27,10%) e o arroz (26,30%).