A pandemia do novo coronavírus tem tido um impacto forte na economia cearense. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Fortaleza apresentou a quarta maior inflação do País no acumulado dos últimos 12 meses, com uma alta de 9,80%. Os dados são referentes ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) medido para maio deste ano.
Com o resultado, a capital cearense ficou acima da média do País, que apresentou inflação acumulada de 8,06% nos últimos 12 meses, e foi superada apenas por Rio Branco/AC (11,43%), Campo Grande/MS (10,91%), e Curitiba/PR (9,86%).
A primeira cidade do Nordeste a aparecer no ranking do IBGE, após Fortaleza, é São Luís/MA, que apresentou uma alta de 9,64%.
Na Região, o índice ainda mediu os resultados de Recife/PE (8,36%), Salvador/BA (7,65%), e Aracaju/SE (7,07%).
Já a média nacional ficou, somadas as 16 localidades consideradas pelo índice, em 8,06% nos últimos 12 meses até maio deste ano.
Confira o ranking da inflação no País
- Rio Branco - 11,43%
- Campo Grande - 10,91%
- Curitiba - 9,86%
- Fortaleza - 9,80%
- São Luís - 9,64%
- Goiânia - 8,90%
- Grande Vitória - 8,84%
- Belo Horizonte - 8,68%
- Recife - 8,36%
- Belém - 8,26%
- Porto Alegre - 8,20%
- Brasil - 8,06%
- Salvador 7,65%
- Brasília - 7,44%
- São Paulo - 7,28%
- Aracaju - 7,07%
- Rio de Janeiro - 6,57%
Mercado na Capital
Em Fortaleza, nos últimos 12 meses, o segmento de alimentação e bebidas foi o que apresentou a maior variação, de acordo com levantamento do IBGE. A pesquisa indiciou uma alta de 14,35% no período até maio deste ano, com destaque para itens como óleo de soja, que ficou 87,37% mais caro.
O ranking de maiores altas, no geral, para a capital cearense, ainda conta outros itens do segmento de alimentação, como feijão-fradinho (67,54%), cereais (58,46%), arroz (55,18%), óleos e gorduras (52,66%) e outros.
Já as carnes, somadas, tiveram uma alta de 31,35% nos últimos meses.
Confira o ranking de segmentos em Fortaleza
- Alimentação e bebidas - 14,35%
- Habitação - 12,64%
- Transportes - 12,36%
- Artigos de residência - 12,04%
- Vestuário - 7,54%
- Saúde e cuidados pessoais - 5,26%
- Educação - 3,74%
- Comunicação - 3,18%
- Despesas pessoais - 2,41%
Comparação mensal
Na análise mensal, quando a comparação é feita entre maio de 2021 e abril deste ano, Fortaleza apresentou uma inflação de 1,10%.
A alta, no entanto, acabou sendo puxada pelos segmentos de habitação (2.63%), que considera os gastos com reformas, por exemplo, e vestuário (1,95%).
O segmento de alimentação também apresentou um resultado acima da média na comparação mensal, ficando com uma alta de 1,16% em Fortaleza.
O ranking da capital ainda conta com altas nos setores de artigos de residência (1,07%), saúde (0,81%), transportes (0,80%), despesas pessoais (0,16%) e educação (0,06%). Apensa o segmento de comunicação apresentou redução de preços, com um recuo de 0,29%.