A cesta básica fechou 2020 mais cara do que no ano passado em Fortaleza. Segundo relatório do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o conjunto da alimentação básica na capital cearense teve um aumento de 23,37% no preço.
Com o resultado, na comparação entre dezembro de 2019 e dezembro de 2020, o valor da cesta básica teve um acréscimo de R$ 101,32.
Na análise semestral, analisando os dados de junho de 2020 e dezembro do mesmo ano, a cesta básica também ficou mais cara, registrando uma alta de 15,22%. No fim do primeiro semestre de 2020, o conjunto da alimentação básica, em Fortaleza, custava R$ 464,31.
Maiores impactos
Durante os 12 meses de 2020, segundo o Dieese, as maiores altas registradas entre os itens da cesta ficaram para o óleo (118,32%), o arroz (88,29%) e a farinha (50,51%).
Já na variação semestral, os destaques ficaram para o óleo (89,27%), o arroz (54,92%) e a carne (21,92%). Contudo, o Dieese também apontou que o feijão (-8,94%) e a banana (-0,47%) ficaram mais baratos.
Horas trabalhadas
Por conta do aumento dos preços dos alimentos, o trabalhador na capital cearense teve de despender mais tempo de trabalho par garantir a compra da cesta básica.
Em dezembro de 2019, eram necessárias, para adquirir o conjunto de itens, 95h35min horas trabalhadas. Em junho de 2020, o número subiu para 97h45min.
Já em dezembro de 2020, o trabalhador precisou de 112h37min.
Confira a lista de alimentos e as variações durante o ano passado:
- Carne - 21,02%
- Leite - 27,81%
- Feijão - 28,67%
- Arroz - 88,29%
- Farinha - 50,51%
- Tomate - 18,76%
- Pão - 11,20%
- Café - 6,38%
- Banana - -0,47%
- Açúcar - 18,43%
- Óleo - 89,27%
- Manteiga - 5,77%