Empresas cearenses de alimentação- lideradas pela Betânia Lácteos e pela M. Dias Branco - já estão investindo nas novas tecnologias empregadas por instituições mundiais de pesquisa na criação do que já se chama de alimentação do futuro. Bem antes de 2050, a população do mundo chegará aos 9,5 bilhões de habitantes, que precisam ser bem alimentados em quantidade e, principalmente, em qualidade.
Nesta semana, o CEO da Betânia Lácteos, Bruno Girão, visitou em Israel a sede da The Tikchen, uma aceleradora de start ups do Grupo Strauss, o maior do mundo na área da pesquisa voltada para a alimentação. Girão impressionou-se com o que conheceu na sede da empresa israelense, de cujos cientistas ouviu a informação de que vem aí o fim do açúcar, da carne bovina e do ovo de galinha.
Antes de Girão, o vice-presidente de Investimentos e Controladoria do Grupo M. Dias Branco, Geraldo Luciano Matos Júnior, esteve em junho deste ano na mesma The Tikchen, onde se surpreendeu com uma pesquisa - em franco desenvolvimento, com resultados apontando para o êxito - em torno de uma farinha para a produção de biscoitos obtida de insetos.
Pode parecer estranho, mas é bom dizer que, na China e em outros países asiáticos, comer insetos é algo comum nos sofisticados restaurantes de Pequim ou Xangai. Este blogueiro comeu na capital chinesa, em companhia de empresários cearenses associados da Coopercon, escorpiões grelhados de excelente sabor como tira-gosto de bebidas destiladas. Na China é comum comer cobras e formigas em bons restaurantes.
O que Bruno Girão, nesta semana, e Geraldo Luciano Matos Júnior, em junho passado, viram na The Tikchen, em Israel, foi o que também se desenvolve no Silicon Valley, na Califórnia, onde também se desenvolvem pesquisas que já produzem, com sucesso, carne de boi sem boi e carne de frango sem frango, para o que utilizam as células-tronco desses animais.
Geraldo Luciano disse ao blog que, no próximo mês de janeiro, um grupo de acionistas e executivos do Grupo M. Dias Branco irá a Israel para conhecer mais detalhadamente o desenvolvimento das pesquisas da The Tikchen e de outras empresas de alta tecnologia que investem na descoberta e na produção de novos alimentos.