O presidente Jair Bolsonaro confirmou, em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (31), o pagamento do auxílio emergencial. O benefício, que começará a ser pago no dia 6 de abril, será distribuído em quatro parcelas de R$ 250. O ministro da Cidadania, João Roma, já havia antecipado a data.
De acordo com o titular da Pasta, há duas exceções em relação aos pagamentos: mulheres que sejam chefes de família, que receberão R$ 375, e famílias unipessoais (formadas por uma só pessoa), que receberão R$ 150. Ao todo, serão investidos R$ 44 bilhões.
"É mais um endividamento da União. Isso não é dinheiro que estava no cofre. Isso pesa para todos nós", disse o presidente.
Conforme Roma, os depósitos serão realizados nas contas digitais, o que não implicará a abertura de novas contas. Os saques serão liberados posteriormente. Houve cruzamento de mais de 200 fontes de dados para identificação de beneficiários, ainda segundo o ministro.
Os beneficiários poderão verificar se foram aprovados ou não no site da Dataprev. Tais cadastros serão, inclusive, revisados mensalmente para que fraudes sejam excluídas.
Cobranças de Bolsonaro
Durante a coletiva, Bolsonaro afirmou que "o governo sabe que não pode continuar com muito tempo por estes auxílios" e, por isso, cobrou de prefeitos e governadores o fim de medidas restritivas.
"Queremos voltar à normalidade o mais rápido possível", frisou o presidente, que também tornou a falar em medo de "problemas sociais gravíssimos no Brasil". "Se a pobreza continuar avançando, não sei onde poderemos parar", ressaltou.
O presidente ainda lembrou críticas, mas justificou que os efeitos da pandemia não podem ser "mais danosos que o vírus". "Temos que enfrentar a realidade, não podemos fugir do que está aí".
Detalhes sobre o auxílio emergencial
O benefício já tinha sido predisposto em decreto presidencial assinado na última sexta-feira (26). A expectativa é de que 45,6 milhões de famílias sejam atendidas com a nova rodada do auxílio.
Segundo o Planalto, do total liberado, R$ 23,4 bilhões serão destinados a 28,6 milhões de informais já inscritos nas plataformas da Caixa. Outros R$ 12,7 bilhões ficarão com 10,7 milhões de beneficiários do Bolsa Família. Por fim, R$ 6,5 bilhões serão pagos a 6,3 milhões de integrantes do cadastro único de programas sociais do governo.
O calendário de pagamentos seguirá o modelo de 2020 e os repasses serão feitos independentemente de requisição.