A estatal saudita Saudi Aramco reduziu nesta segunda-feira os preços que cobrará por seu petróleo de clientes da Ásia, Mediterrâneo e noroeste da Europa em maio, apesar de a Arábia Saudita ter aderido a um histórico acordo para diminuir a oferta global da commodity.
A Saudi Aramco fez um drástico corte nos preços para clientes asiáticos, em meio a uma forte queda na demanda causada pela pandemia de coronavírus.
Ontem, a chamada Opep+ - que reúne a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e dez aliados, incluindo a Rússia - finalizou um acordo que prevê um corte adicional na produção do grupo de 9,7 milhões de barris por dia (bpd) até o fim de junho. O corte é o maior da história já definido pelo grupo. A Opep é informalmente liderada pelos sauditas.
A estatal saudita também reduziu todos os preços para o Mediterrâneo e parte deles para a o noroeste europeu.
Por outro lado, a Saudi Aramco elevou todos os seus preços para os EUA. Na semana passada, o presidente americano, Donald Trump, ameaçou elevar tarifas sobre importações de petróleo, numa tentativa de persuadir sauditas e russos a cortarem sua produção. Fontes, porém, dizem que Trump poderia abandonar o aumento de tarifas se um acordo fosse fechado.