Um grupo de taxistas intermunicipais protesta desde a madrugada desta terça-feira (18) no entorno do Palácio da Abolição, no Bairro Meireles. Os manifestantes querem que o governador Camilo Santana atue em favor da aprovação de um projeto de lei que regulamente a categoria.
Os taxistas saíram do Centro Cultural Dragão do Mar e chegaram a bloquear os dois sentidos da Avenida Barão de Studart. Após negociarem com a segurança do Palácio, entretanto, os manifestantes se dirigiram à Rua Silva Paulet, no fundos da sede do governo estadual, e à Rua Tenente Benévolo, e fecharam as duas vias para o tráfego de veículos. Viaturas da Polícia Militar e da segurança do prédio estão no local. A manifestação, contudo, é pacífica. Agentes da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) estão no local para orientar o trânsito.
"Nós precisamos de uma lei para assegurar nosso sustento, nosso trabalho, queremos a lei. O governador tem nos atendido, mas queremos uma segurança", explicou Francisco Liduino Maia Nobre, presidente da cooperativa de taxistas intermunicipais de Quixadá.
O grupo pretende permanecer no local até ser atendido por Camilo. "O objetivo é ficar aqui. Não queremos atingir ninguém, queremos só que atenda nosso pessoal", diz Francisco Liduíno.
Ainda de acordo com o presidente da cooperativa, os taxistas que estão na manifestação precisaram enfrentar muitos buracos nas estradas estaduais.
Os manifestantes são oriundos de cidades como Ocara, Quixadá, Quixeramobim, Banabuiú, Barreira, Tururu, Paraipaba, Fortim, entre outras.
A categoria explicou que hoje existe um acordo com o Detran para permitir o trabalho deles. Contudo, os motoristas consideram a permissão precária e querem uma lei para assegurar a permissão de realizar o transporte de passageiros do Interior até a Capital e voltar para o município de origem sem nenhum impedimento.
De acordo com o taxista Arnoldo Junior, trabalhador do município de Tururu, antes do acordo da categoria com o Detran, a classe não era reconhecida e muitos recebiam multas constantemente."O temor é de que o acordo se desfaça", afirma.