Em assembleia realizada nesta segunda-feira (15), o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação do Ceará (Sindiute) aprovou greve geral dos servidores da educação municipal por tempo indeterminado, a partir de segunda-feira, 22 de março.
A decisão foi tomada em pressão contra a proposta de Reforma da Previdência de Fortaleza, em discussão na Câmara dos Vereadores, mas ainda sem data para entrar em tramitação.
"Esse é o maior ataque sofrido pelos servidores do município em toda sua vida funcional", comenta Ana Cristina Fonseca Guilherme da Silva, presidente do Sindiute.
Segundo ela, a reforma municipal causa perdas importantes para a classe, como a ampliação do tempo mínimo de aposentadoria, de 62 anos para mulheres e 65 para homens, assim como a mudança no cálculo dos benefícios.
Ainda segundo Ana Cristina, outra proposta diz respeito à licença-prêmio dos servidores, que de três meses para cada cinco anos trabalhados passaria a ser por seis anos de serviço.
"Além da proposta para o nosso anuênio, que de 1%, atualmente, será reduzido para 0,25%. Essa reforma é ruim para todo mundo, mas muito pior para os professores. Então, diante de como vem sendo conduzida essa articulação, resolvemos parar para tentar conseguir o recuo do governo", diz.
Negociação
Um encontro virtual entre o Sindicato e a Prefeitura acontece nesta quarta-feira (17), segundo Ana Cristina, e possíveis propostas da gestão serão discutidas em assembleia na próxima segunda.
O Sindiute estima, hoje, uma categoria ativa de 10 mil profissionais em Fortaleza, que paralisarão as atividades de ensino remoto em creches e escolas.
Em nota, a Secretaria Municipal da Educação (SME) disse manter um diálogo permanente e aberto com o Sindiute, através de encontros específicos com a categoria, assim como reuniões da Mesa Central de Negociação.