Morreu, nesta terça-feira (6), o advogado criminalista e defensor público aposentado Clayton Marinho, vítima da Covid-19 aos 78 anos. O jurista estava internado devido a complicações da doença desde o fim de fevereiro.
O advogado Cândido Albuquerque, também reitor da Universidade Federal do Ceará (UFC), lamentou a morte do profissional. "Advogado intrépido, inteligente e educado, advogava por arte e amor ao Direito. Um exemplo", ressaltou o reitor, acrescentando que o Marinho "deixa um legado e uma vida repleta de grandes gestos como referência para as novas gerações".
Já Leandro Vasques, advogado e diretor da Academia Cearense de Direito, destacou a influência de Marinho em sua trajetória profissional. "Neste ano completo 26 anos de graduado dos quais, a ampla maioria deles, foram construídos sob os auspícios desse combativo e modelar profissional. Imortais e infinitas foram as lições de ética, de bravura e altivez que recebi do mestre Clayton", pontuou.
Vasques também prestou condolências à esposa de Marinho, Ariadne, aos filhos e a familiares.
Trajetória
Clayton atuou como defensor público na 4ª Vara Criminal e Vara das Precatórias, bem como na 1ª, na 2ª, na 4ª e na 11ª Varas do Júri. Além disso, ele também dirigiu o Departamento de Sistema Penal, foi chefe de Gabinete da Secretaria de Justiça do Estado do Ceará e posteriormente Secretário de Justiça.
O jurista também já foi escolhido Advogado Padrão pela Ordem dos Advogados do Brasil, bem como agraciado com o Troféu Clóvis Beviláqua.
A Ordem dos Advogados do Brasil – Secção Ceará (OAB-CE), em nota, lamentou profundamente o falecimento de Clayton Marinho. O presidente da instituição, Erinaldo Dantas, destacou o legado deixado pelo advogado. “Nosso querido Clayton nos deixou fisicamente, mas os seus exemplos e ensinamentos sempre estarão presente conosco. Um grande intelectual e consagrado na área criminal em todo o país. Que Deus possa confortar o coração de seus familiares e amigos”, afirmou.