Centrais sindicais, movimentos sociais participam de manifestações contrárias à Reforma da Previdência na manhã desta sexta-feira (22) em Fortaleza e também no Interior do Estado. Trabalhadores e estudantes pedem a extinção da proposta, alegando perda de direitos para a classe. Na Capital, militantes concentraram-se na Praça da Imprensa, no bairro Dionísio Torres, por volta das 8 horas e logo após seguiram em passeata na Avenida Desembargador Moreira, sentido praia. O trânsito no local é lento.
A manifestação é prevista para durar até o fim da manhã, segundo estimativas de organizadores. Entoando palavras de ordem contra o governo e contra as propostas, manifestantes seguiam pelas ruas com carros de som. Um dos objetivo é reunir assinaturas e enviá-las à Assembleia Legislativa pedindo aos parlamentares cearenses se posicionem contra as mudanças.
"A tal reforma dificulta o acesso à aposentadoria, reduz o valor dos benefícios, prejudica os trabalhadores e trabalhadoras de todo o Brasil, em especial os mais pobres. Por isso estaremos nas ruas”, revelou a presidente da Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce), Enedina Soares, .
O engenheiro aposentado Fernando Sales, 61 anos, estava presente no ato alegando sair em defesa dos direitos das próximas gerações, que de acordo com ele, “não vão poder se aposentar desse jeito”. “O momento é de luta. Precisamos nos unir contra essa reforma que tirar os direitos adquiridos ao longo dos anos. Eu já consegui me aposentar, mas minhas filhas, por exemplo, serão prejudicadas”, declara.
Ao todo, 52 municípios do interior cearense também estão mobilizados nesta sexta-feira, que é dia de atos integrados e nacionais em todo o País. Pelo menos Araripe, Chaval e Paracuru estão com atos simultâneos. Nesta última cidade, conforme informações repassadas por moradores ao Diário do Nordeste, reúne aproximadamente 400 pessoas.